A taxa de câmbio oscilou em território positivo ao longo desta quarta-feira (02), encerrando a sessão negociada a R$ 4,810, alta de 0,3% frente ao término de terça-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 102,5 pontos, variação de +0,7% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu o fortalecimento global da moeda americana, após a agência de classificação de riscos Fitch rebaixar a avaliação do crédito soberano dos Estados Unidos e a divulgação de dados de emprego privado maiores que o estimado para o país no mês de julho. No Brasil, contribuiu para o ambiente de cautela a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada após o fechamento do mercado.
Rebaixamento da nota de crédito dos EUA O dólar negociado no mercado interbancário estendeu seu movimento de fortalecimento ante o real observado ontem e encerrou a sessão desta quarta-feira cotado acima de R$ 4,80, em linha com o cenário global de menor apetite por riscos. Ontem, após o término das operações, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a classificação de crédito de longo prazo dos Estados Unidos de AAA, a maior possível, para AA+. De acordo com a empresa, o rebaixamento ocorreu em função da expectativa de deterioração fiscal do país nos próximos três anos, bem como o contexto de frequentes impasses no Legislativo para a expansão do limite de endividamento público americano.
Crescimento dos empregos privados Contribuiu para o fortalecimento da moeda americana, também, a divulgação de que os empregados privados nos Estados Unidos aumentaram em 324 mil no mês de julho, segundo o instituto ADP, acima da mediana das estimativas, que apontava crescimento de 189 mil. Embora o dado não seja o oficial – que será publicado nesta sexta –, investidores reagiram à possibilidade de o mercado de trabalho se manter aquecido mesmo após um longo processo de aperto monetário feito pelo Federal Reserve, o que poderia, em tese, contribuir para a manutenção de salários mais elevados e, assim, a resistência dos preços de serviços, exigindo que os juros americanos se mantenham mais elevados por mais tempo para recuperar a estabilidade inflacionária.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 102,5 pontos, variação de +0,7% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 48,300 pontos, recuo de 0,5% em relação ao fechamento de terça-feira.
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