O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quinta-feira (10). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,86, variação de -0,9% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,0 pontos, recuo de 0,4% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas repercute a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de julho nos Estados Unidos, que moderou pelo terceiro mês consecutivo e reforçou a percepção de que o Federal Reserve (Fed) deve encerrar o ciclo de aperto monetário no país. No Brasil, o destaque fica para o depoimento do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ao Senado Federal, buscando apresentar as pesquisas da autarquia e as decisões recentes do Comitê de Política Monetária (Copom). Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de junho, às 09h00min, o Departamento do Trabalho dos EUA atualizou os pedidos semanais de auxílio-desemprego no país, às 09h30min, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, palestra às 16h00min, e o presidente do Fed da Philadelphia, Patrick Harker, discursa às 16h00min e às 17h15min.
Inflação moderada nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta quinta-feira após divulgação de dados da inflação nos Estados Unidos. Segundo a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas (BLS), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA apresentou um avanço mensal de 0,2% em julho, valor em linha com a mediana das estimativas. No comparativo anual, o avanço dos preços foi de 3,2%, ante alta de 3% em junho, mas ligeiramente menor que o aumento de 3,3% esperado pelos agentes. Para o núcleo do indicador, que exclui preços mais voláteis como de alimentos e energia, a alta registada ficou em linha com o resultado esperado pelos investidores e apresentou avanço de 0,2% no último mês. A trajetória do CPI americano nos últimos três meses sinaliza que há uma tendência de moderação das pressões inflacionárias no país, o que reforça a leitura de que o Federal Reserve já deve ter encerrado seu ciclo de altas, de modo que o dólar se torna menos atrativos aos investidores e apresenta enfraquecimento frente a outras divisas.
Campos Neto no Senado Adicionalmente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, prestará depoimento hoje no Senado acerca da condução da política monetária pela autarquia. Baseada na Lei de Autonomia do Banco Central, a autoridade é chamada duas vezes por ano para explicar as decisões tomadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Sob o contexto de pressões políticas, os investidores voltam sua atenção à sabatina de Campos Neto a fim de entender o contexto que se deu a última decisão do Copom, na qual optou-se por um corte mais robusto de 0,50 ponto percentual da taxa básica do BC. Apesar de o comitê já ter indicado que pretende seguir esse ritmo, os investidores já antecipam a possibilidade de cortes maiores no futuro. Assim, os operadores buscam entender quais serão os próximos passos da autarquia a fim de antecipar a trajetória dos juros.
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