O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta segunda-feira (14). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,93, variação de +0,5% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,2 pontos, alta de 0,3% em relação ao fechamento de sexta-feira. Em dia de agenda esvaziada, o mercado de divisas repercute a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que apresentou crescimento moderado em junho, expectativas de reajuste de preços de combustíveis pela Petrobras e preocupações com a economia chinesa após um gigante do setor imobiliário não pagar obrigações em títulos de dívida e ter a negociação de suas ações em bolsa suspensa nesta segunda. Na agenda do dia, o Banco Central divulgou o Boletim Focus da semana, às 08h30min, e a secretaria de comércio exterior atualiza a balança comercial semanal, às 14h30min.
Preocupações com a economia chinesa O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta segunda-feira, refletindo, principalmente, um ambiente de aversão a riscos e cautela no cenário internacional após uma grande empreiteira chinesa, a Country Garden, não realizar o pagamento de parcelas de títulos de dívida e solicitar a suspensão na negociação de outros 11 títulos no mercado secundário – passo comum quando se busca uma extensão de prazos. As dificuldades da empresa reforçaram a percepção de que a lenta recuperação da economia chinesa traz dificuldades crescentes para o setor imobiliário, altamente endividado e que pode necessitar de estímulos governamentais para se evitar uma crise financeira.
Alta do IBC-Br Amenizava o enfraquecimento do real a alta do IBC-Br de junho, que cresceu 0,63% ante o mês de maio, praticamente em linha com as estimativas de analistas. O indicador acumula alta de 3,35% em 12 meses, sugerindo um desempenho bastante satisfatório para a atividade produtiva brasileira no período.
Defasagem da Petrobras Por fim, é digno de nota que agentes monitoram a possibilidade de reajustes de preços nos combustíveis pela Petrobras. Os preços internacionais do petróleo estão em alta há sete semanas consecutivas, e os preços domésticos estão desalinhados com a paridade internacional – observe-se, por exemplo, a defasagem estimada pela StoneX na última Estimativa de Demanda para o Brasil (10/08/2023).
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