O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira (16). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,98, variação de -0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,2 pontos, praticamente estável em relação ao término de terça-feira. O mercado de divisas repercute a expectativa pela divulgação da ata da última decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed), às 15h00min, que pode sinalizar alguma divergência entre seus integrantes a respeito da trajetória dos juros americanos e fortalecer interpretações de que o ciclo de altas teve seu fim em julho. Adicionalmente, a divulgação de mais dados fracos na China e notícias sobre um possível calote de uma gestora de patrimônio local contribuem para reduzir o apetite por riscos global. Na agenda do dia, o Fed divulga a produção industrial americana de julho, às 10h15min, e o Banco Central atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min.
Ata do FOMC O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta quarta-feira, enquanto investidores aguardam pela divulgação da ata da última decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve. Em sua última decisão de política monetária, realizada no dia 26 do mês anterior, os membros do comitê votaram pela alta de 0,25 ponto percentual da taxa básica do Fed, estabelecendo o intervalo de 5,25% - 5,50% ao ano. No comunicado, o Fed adotou um tom mais suave, manteve a possibilidade de haver mais altas ainda este ano e reforçou que avaliaria com flexibilidade novos dados da economia estadunidense nas decisões seguinte. Desse modo, como a trajetória da inflação no país têm sinalizado moderação das pressões inflacionárias nos últimos meses, as apostas do mercado futuro de juros são de que esta foi a última alta dos juros e que o aperto monetário do Federal Reserve está em seu fim. Portanto, voltam sua atenção à ata do FOMC a fim de entender qual a visão atual do comitê acerca da trajetória dos preços, se os membros acreditam que há a necessidade mais altas e se houve algum comentário sobre o fim do ciclo de altas. Caso o documento mostre uma postura em linha com as expectativas dos agentes, isto é, menos agressiva e sinalizando positivamente para o fim da política monetária contracionista, a tendência é de que sua divulgação tenha efeito baixista no câmbio.
China em desaquecimento? Adicionalmente, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) da China divulgou hoje (16) os preços médios de residências novas no país, os quais caíram 0,1% em julho, de modo que reverteu os ganhos de 0,01% registrados no mês anterior. A queda dos preços de novas casas ocorreu sob o contexto de dados decepcionantes para a economia chinesa, com desempenho aquém do esperado da balança comercial indicando perda do dinamismo econômico do país e deflação em julho sinalizando uma menor demanda em seu mercado. Assim, se amplia a leitura de uma economia em arrefecimento, o que reforça o sentimento de aversão ao risco dos investidores e prejudica o desempenho de ativos brasileiros.
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