O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira (18). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,99, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,6 pontos, alta de 0,2% em relação ao fechamento de quinta-feira. Em dia de agenda esvaziada, o mercado de divisas repercute, mais uma vez, o ambiente de cautela e pouco apetite por riscos do cenário internacional, com apostas de investidores de que as taxas de juros nos Estados Unidos permanecerão elevadas por mais tempo e de que a economia chinesa enfrentará mais problemas que o antecipado, especialmente no setor imobiliário. Na agenda do dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, palestrou às 09h30min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado às 16h30min.
Cautela no exterior O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta sexta-feira, alavancado pela busca por ativos de segurança sob o contexto de aversão ao risco nos mercados globais. Hoje (18), o Dollar Index atingiu o maior nível em dois meses, com investidores prevendo a manutenção dos juros do Federal Reserve num patamar alto por mais tempo que o imaginado anteriormente. Além da perspectiva de extensão do aperto monetário praticado pelo Fed, contribuem para o fortalecimento do dólar os dados econômicos mais recentes da economia americana, tais como o crescimento maior que o esperado. Assim, a divisa americana ganha força em detrimento de moedas emergentes como o real.
Preocupações quanto à China Adicionalmente, contribuindo para a ampliação do sentimento de aversão ao risco e para o estabelecimento de um ambiente de cautela nos mercados financeiros, o desempenho decepcionante da economia chinesa tem preocupado os agentes. Sob o contexto de temores relativos a um arrefecimento da economia no país, com as empresas do setor imobiliário chinês apresentando problemas para honrar seus compromissos financeiros, a principal empresa do ramo, China Evergrande, entrou nesta quinta (17) com um pedido de reestruturação de suas dívidas. Nesse sentido, a avaliação dos investidores quanto ao país asiático tem se deteriorado, o que prejudica o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e divisas de países emergente
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