e encerra cotado a R$ 4,95
Depois de operar em uma banda contida nas primeiras negociações do pregão, em torno de R$ 4,88, a moeda americana assumiu trajetória consistente de alta a partir das 10h00, início da janela de formação da taxa Ptax de agosto, chegando a flertar com os R$ 4,96 nas máximas da sessão. A divisa praticamente não cedeu ao longo de toda a tarde, encerrando cotada a R$ 4,95, em alta diária de 1,7% e em variação mensal de +4,7%.
Frente ao fechamento da véspera, o dollar index se manteve fortalecido, terminando o dia cotado a 103,6 pontos, com ganho de 0,5%. Os indícios de robustez nos dados de gastos dos consumidores, e o recuo do euro na sessão – repercutindo a revisão nas expectativas para a próxima decisão de política monetária do BCE – ditaram o movimento da cesta de moedas.
Como antecipado nos comentários da Abertura de Câmbio, a trajetória das cotações no mercado doméstico foi bastante afetada devido à formação da Ptax de fim de mês. O ímpeto de alta da moeda americana no exterior, somado ao posicionamento defensivo dos agentes ante aos receios com a proposta de Orçamento do governo para 2024 e dúvidas em relação ao atingimento da meta fiscal de resultado primário zero, potencializaram a desvalorização do real na sessão.
Expectativa pelos dados do emprego nos EUA Na sessão da sexta-feira (1º), a atenção dos agentes estará em grande parte voltada ao Relatório de Situação do Emprego, que será divulgado pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS) às 9h30 (Brasília). O consenso dos analistas é de que o relatório aponte para uma leve redução no saldo positivo entre contratações e demissões, indo de um montante líquido positivo de 187 mil novos postos de trabalho em julho para 170 mil em agosto. Já para a taxa de desemprego, as projeções são de estabilidade, permanecendo em 3,5%, assim como para a remuneração média da mão de obra.
Caso os dados venham em linha com o esperado, o relatório deverá reforçar a visão de que a economia americana permanece em curso para um pouso suave, limitando a urgência por novos aumentos na taxa básica de juros para conter a aceleração dos preços ao consumidor no país. Por outro lado, um eventual aumento na criação de empregos em relação ao registrado em julho tende a criar um ambiente de maior incerteza. Com poucos indicadores-chave por serem divulgados antes da próxima decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) em 20 de setembro, a moeda americana poderia ganhar algum suporte. Atualmente, 89% das apostas são de que a autoridade monetária manterá a taxa de juros dos Estados Unidos em sua próxima decisão, enquanto 11% acreditam em um novo aumento de 0,25 p.p. pelo Fed.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 103,6 pontos, variação de +0,5% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso colombiano, a lira turca, a rúpia indiana e o rublo russo também perderam força em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 47,96 pontos, recuo de 0,5% em relação ao fechamento de quinta-feira.
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