▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 4,93 (-0,3%)
▲ Dollar Index (DXY): ~104,6 pontos (+0,1%)
O mercado de divisas repercute a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de agosto nos Estados Unidos, que mostrou aceleração em relação a julho tanto no índice geral como em seu núcleo. O dado não deve alterar as previsões para a decisão do Federal Reserve para a próxima semana, de manutenção da taxa de juros, mas deve provocar um discurso mais cauteloso por parte das autoridades americanas.
Agenda do dia:
• Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido (Escritório Nacional de Estatísticas) – 03h00min.
• Produção industrial de julho na área do euro (Eurostat) – 06h00min.
• Fluxo cambial semanal (Banco Central do Brasil) – 14h30min.
Inflação nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta quarta-feira, pressionado pela reação dos agentes após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em agosto. De acordo com a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos EUA, o CPI do país apresentou avanço de 0,6% no último mês, puxado principalmente pela alta da gasolina e dos custos associados a energia. O resultado do indicador ficou em linha com a mediana das estimativas, contudo, o núcleo do índice — que exclui os componentes de preços relativos a energia e alimentação por sua volatilidade — registrou alta de 0,3% no mês, ligeiramente acima do aumento de 0,2% previsto. O resultado acumulado de 12 meses para o núcleo foi de 4,3% em agosto, abaixo do valor de 4,7% registrado em julho, o que reforça a leitura de tendência de desaceleração do avanço inflacionário. Dessa maneira, diminuem-se as apostas em novas altas da taxa de juros do Federal Reserve, no entanto, considerando o discurso mais agressivo dos dirigentes da autarquia em suas últimas falas, é possível que, na sua próxima decisão de política monetária, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) reforce a posição de cautela em sua atuação e que a alta dos preços relacionados a energia é um ponto de atenção.
Estagflação na Europa Adicionalmente, repercute no mercado de divisas os resultados abaixo do esperado para o PIB do Reino Unido e para a produção industrial da zona do euro. De acordo com dados do Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido (ONS), após crescer 0,5% em junho, o produto britânico apresentou recuo de 0,5% no mês seguinte, uma queda maior que a esperada pelo consenso de especialistas, o qual previa baixa de 0,2%. Na comparação com julho do ano anterior, o PIB da região ficou estável, contra a previsão de avanço de 0,4%. A produção industrial da zona do euro, por sua vez, apresentou um recuo mensal de 1,1% em julho, de acordo com dados do Gabinete de Estatísticas da União Europeia. A atividade da indústria europeia ficou abaixo do esperado pela mediana das estimativas, a qual previa uma queda de 0,7%. Assim, amplia-se a leitura de que a economia europeia segue em direção à estagflação, o que diminui o otimismo dos investidores, prejudicando o desempenho de ativos de risco, como commodities, ações e moedas emergentes como o real.
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