▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 4,857 (-0,3%)
▼ Dollar Index (DXY): ~105,0 pontos (-0,1%)
As cotações do dólar no mercado doméstico voltaram a exibir o comportamento observado nos primeiros dias da semana, marcados pela expectativa dos agentes para as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, e abriram em leve recuo de 0,3% nesta quarta-feira (20), negociadas a R$ 4,858. Apesar de haver consenso entre os analistas acerca do patamar de juros que será anunciado hoje, ainda não está claro se o ciclo de elevações está encerrado no caso do BC americano, ou se o ritmo de cortes de 50 pontos base da Selic ainda pode ser ajustado.
O dollar index traçava caminho semelhante e recuava levemente nesta manhã, sendo negociado a 105 pontos (-0,1%), em antecipação ao comunicado e às projeções dos membros do FOMC que serão divulgados em conjunto com a decisão de política monetária às 15h. Entre os indicadores mais aguardados estão as estimativas para a taxa de juros de longo prazo, crescimento do PIB e inflação ao consumidor da economia americana.
Agenda do dia:
• Monitor do PIB (FGV) – 8h00.
• Relatório de O&D de petróleo (EIA) – 11h30
• Fluxo cambial (BCB) – 14h30.
• Projeções dos membros do FOMC (Fed) – 15h00
• Decisão de Política Monetária do FOMC (Fed) – 15h00
• Coletiva de imprensa com Jerome Powell (Fed) – 15h00
• Decisão de Política Monetária (Copom) – 18h30.
PBOC mantém taxas Entre as decisões de política monetária desta semana, na noite de ontem o Banco Popular da China (PBOC) manteve constantes as taxas de juros de referência (loan prime rate – LPR), para empréstimos de 1 e 5 anos em 3,45% e 4,20%, respectivamente, dentro do esperado pelo mercado. Os indícios de estabilização da atividade econômica e o enfraquecimento do yuan, que já acumula retração de 5% no ano contra o dólar americano, atenuaram a necessidade de descomprimir o custo do crédito. Em agosto, os dados de produção da indústria (+4,5%) e vendas no varejo (+4,6%) se recuperaram mais que o esperado no comparativo anual, abrandando o pessimismo com o desempenho da economia asiática.
Inflação no Reino Unido Os mercados de moedas também reagem à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do Reino Unido em agosto, que apresentou desaceleração em relação ao mês anterior e avançou 0,3%, abaixo da mediana das estimativas, que previa alta de 0,7%. No comparativo anual, o indicador acumula variação positiva de 6,7%, contra 6,8% registrada em julho, e abaixo das projeções do mercado, que antecipavam um aumento de 7,0% dos preços no período. Para o núcleo do CPI — que exclui preços de alimentação e energia, mais voláteis — também foi registrada desaceleração, de modo que o indicador ficou em +0,1% e +6,2% nas bases mensal e anual, respectivamente, contra os valores de +0,3% e +6,9% registrados em julho. A leitura da inflação do Reino Unido vem em linha com as falas do presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, indicando que o fim do ciclo de altas da autoridade monetária estava próximo, de forma que os agentes se dividem entre apostas de manutenção dos juros e de um último aumento de 0,25 ponto percentual, para 5,50% ao ano nesta quinta-feira (21). Assim, com a possibilidade de antecipação do fim do aperto monetário do BoE, a moeda britânica perdeu força nesta manhã frente ao dólar, chegando ao seu menor valor desde maio. Caso o BoE confirme o encerramento do ciclo amanhã, os EUA continuarão em destaque como a economia avançada com a política monetária mais rígida, fator que favorece o dólar globalmente.
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