Em dia de poucos eventos, o mercado de divisas repercute a aprovação do texto da reforma tributária no Senado Federal na noite de ontem (08), que segue agora para nova apreciação na Câmara. Adicionalmente, investidores acompanham falas de autoridades do Brasil e dos Estados Unidos buscando sinais acerca da trajetória dos juros nesses países.
Agenda do dia:
• Pedidos semanais de auxílio-desemprego dos EUA (DOL) – 10h30min.
• Palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – 10h40min.
• Palestra do diretor de política econômica do Banco Central, Diogo Guillen – 11h00min.
• Palestra do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic – 11h30min.
• Palestra do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin – 11h30min e 13h00min.
• Palestra do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell – 16h00min.
• Palestra do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo – 16h00min.
• Palestra do ministro da Fazenda, Fernando Haddad – 19h00min.
Tramitação da reforma tributária O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta quinta-feira, refletindo aprovação em dois turnos da reforma tributária no Senado Federal (PEC 45/2019). A proposta prevê rearranjar ISS, ICMS, Cofins, Pis e IPI em três novos impostos: dois Impostos sobre Valor Agregado (IVA) — a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerido pela União, e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerenciado pelos estados e municípios — e um Imposto Seletivo sobre produtos nocivos à saúde. O texto também propõe isenção para a cesta básica e redução de 60% para outros produtos da chamada cesta estendida, os quais serão definidos por lei complementar, contudo, ainda há indefinições na proposta, como qual será a alíquota do IVA. Entre as mudanças aprovadas no Senado, estão uma trava para barrar o aumento da carga tributária e a obrigatoriedade de uma revisão quinquenal das exceções, grupo de setores que foram beneficiados nas emendas acatadas pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. Agora, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) deve voltar à Câmara para ser votada novamente, uma vez que o mesmo texto deve ser aprovado nas duas casas. O avanço da PEC da reforma tributária contribui para elevar o otimismo dos agentes, favorecendo o desempenho dos ativos brasileiros. Por outro lado, ainda há temores entre os investidores acerca da disciplina fiscal do Governo Federal após o deputado Danilo Forte (União-CE) afirmar que o Ministério da Fazenda estuda a possibilidade de apresentar uma emenda ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e alterar a meta para um déficit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Nesse sentido, ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou a alteração geraria incertezas e poderia elevar as expectativas de inflação dos agentes, o que pode desfavorecer a performance do real.
Palestra de Powell Em mais um dia em que muitos dirigentes do Federal Reserve discursam em eventos públicos, os agentes prestam atenção particularmente às falas do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell. Após não comentar sobre política monetária no evento em que palestrou ontem (08), os investidores acompanham o discurso buscando sinalizações da trajetória dos juros após os rendimentos dos títulos do Tesouro americano apresentarem alívio com a perspectiva de que a taxa básica não deve sofrer mais aumentos.
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