▼ Dollar Index (DXY): ~105,8 pontos (-0,1%)
Em dia de menor apetite por riscos, o mercado de divisas repercute a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro abaixo do esperado, o que reforça a percepção de que o Banco Central deve continuar com ritmo de cortes da taxa básica de juros Selic.
Agenda do dia:
• Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro (IBGE) – 9h00min.
• Relatório de Poupança de outubro (BC) – 9h00min.
• Palestra da presidenta do Banco Central Europeu, Christine Lagarde – 9h30min.
• Palestra da presidenta do Fed de Dallas, Lorie Logan – 9h00min.
• Palestra do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic – 11h00min.
• Índice de confiança do consumidor americano de novembro (UMICH) – 12h00min.
IPCA de outubro O dólar negociado no mercado interbancário operava com tendência de queda na manhã desta sexta-feira após abrir a sessão em alta, refletindo resultado abaixo do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação no Brasil no último mês avançou 0,24% no comparativo mensal e 3,75% na base anual, abaixo da mediana das estimativas, que previa alta de 0,28% no mês, e do resultado de setembro, quando o indicador marcou aumento de 0,26%. Entre os grupos analisados pelo IBGE, o que apresentou a maior alta dos preços foi o de Artigos de residência, com avanço de 0,46% no mês, seguido pelo grupo de Vestuário, com aumento de 0,45%. Contudo, devido aos diferentes pesos atribuídos às categorias, os grupos que mais influenciaram o IPCA em outubro foram os de Transportes e de Alimentação e bebidas, para os quais foi registrada uma alta de 0,35% e 0,31%, respectivamente, causando impacto sobre o índice de 0,07 ponto percentual cada. O resultado do IPCA de outubro indicando avanço moderado da inflação reforça a leitura de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve continuar com o ritmo de cortes da taxa básica Selic de 0,50 ponto percentual, o que diminui a perspectiva de diferencial de juros, tornando os investimentos em renda fixa no Brasil menos atrativos e, consequentemente, causando um efeito altista no câmbio.
Tom rígido de Powell Adicionalmente, no exterior o sentimento é de aversão ao risco após leilão fraco de títulos do Tesouro americano e discurso mais firme do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Ontem (09), a venda abaixo do esperado de Treasuries com vencimento de 30 anos durante leilão do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos causou elevação dos rendimentos dos papéis, contribuindo para aumentar a aversão ao risco entre os agentes. Complementarmente, Powell adotou um tom mais duro ao discutir a política monetária do Fed durante evento do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmando que não está seguro de os juros no país estão num nível suficientemente restritivo para garantir que a inflação seja trazida à meta de 2% no horizonte, de modo que a autarquia deve continuar com a política contracionista por mais tempo. O dirigente da autoridade afirmou ainda que os efeitos da normalização da cadeia de oferta estão chegando ao fim, de maneira que a estabilidade de preços no futuro só deve ser atingida através da redução da demanda agregada em função de um maior aperto monetário.
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