IPCA de janeiro O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta quinta-feira enquanto investidores repercutem divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com dados da instituição, no último mês foi reportado um avanço mensal de 0,42% dos preços, alavancados por alta do grupo de Alimentos e bebidas. O indicador apresentou desaceleração em relação ao mês anterior, quando foi observado um aumento de 0,56%, mas ficou acima da mediana das estimativas, a qual previa alta de 0,36% dos preços. No resultado acumulado de 12 meses, o IPCA registrou avanço de 4,51%, ante alta anual de 4,62% em dezembro. Segundo a publicação do IBGE, o grupo de Alimentação e bebidas teve o maior impacto no índice (0,29 ponto percentual), com alta de 1,38% no primeiro mês do ano. O resultado é lido sob a ótica da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual os dirigentes do Banco Central se mostraram atentos à intensificação recente das pressões inflacionárias do setor de serviços, mas consideraram que a trajetória do índice de preços estava dentro de suas perspectivas e sinalizaram de que o ritmo do afrouxamento monetário continuaria nas próximas reuniões. Assim, os investidores acompanham a divulgação do IBGE a fim de antecipar mudanças no balanço de riscos do comitê e prever possíveis mudanças na trajetória dos juros brasileiros.
Arrefecimento da economia chinesa No exterior, predomina o clima de aversão ao risco após dados para a China mostrarem a maior deflação anual desde setembro de 2009, indicando o arrefecimento da economia do país. De acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país apresentou queda de 0,8% em janeiro no comparativo com o mesmo mês no ano anterior, abaixo do recuo de 0,3% previsto pelo mercado. No comparativo com dezembro, o CPI chinês teve alta de 0,3%, contra a expectativa de aumento de 0,4%. Assim, os agentes têm demonstrado maior preocupação com os sinais de uma demanda interna enfraquecida na China e possíveis entraves ao crescimento de sua economia em 2024, o que tende a pesar sobre o desempenho de ativos de risco, tais como as commodities, ações e moedas de países emergentes como o real.