Câmbio começa a terça em baixa, cotado ao redor de R$ 5,64
Dólar deve refletir dados para o mercado de trabalho americano e declarações de autoridades econômicas
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,64 (-0,2%)
▲ Dollar Index (DXY): ~105,9 pontos (+0,1%)
O mercado de divisas deve repercutir a divulgação de dados para o mercado de trabalho americano e falas de líderes de bancos centrais globais, enquanto monitora o ambiente de elevada percepção de riscos para ativos brasileiros.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Palestra do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell – 10h30min.
• Palestra da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde – 10h30min.
• Palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Netos – 10h30min.
• Pesquisa de abertura de vagas e turnover (JOLTS) de maio dos EUA – 11h00min.
Alívio temporário ante o pessimismo O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de queda nas primeiras operações desta terça-feira, quando era cotado ao redor de R$ 5,64 (09h50min), em um provável movimento de realização de lucros após o real ter se desvalorizado em 2,6% em duas sessões e atingido seus maiores patamares em quase 30 meses. Os ativos brasileiros, em geral, e o real, em particular, passam por uma profunda crise de confiança em relação às políticas fiscal e monetária no Brasil e rápida elevação na exigência de prêmios de riscos por parte dos investidores. Este movimento teve início em meados de abril, com a mudança das metas orçamentárias para 2025 e 2026 pelo governo federal, e foi impulsionado após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) dividida entre integrantes indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Contudo, o pessimismo e o ceticismo dos agentes do mercado financeiro se aprofundaram nas últimas semanas, por conta de reiteradas críticas pelo presidente da República às decisões do Copom, à autonomia do Banco Central e ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto, bem como declarações que buscam amenizar a necessidade de ajustes nos gastos públicos. Assim, investidores devem se manter atentos a falas e declarações das autoridades da equipe econômica do Executivo e, em especial, de Lula, a fim de monitorar o ambiente de percepção de riscos para os ativos brasileiros.
Cautela também no exterior No exterior, a moeda americana sustentava seu patamar mais elevado das últimas semanas em meio a uma elevação dos rendimentos do Tesouro americano (Treasuries), em meio a uma postura cautelosa dos agentes econômicos enquanto aguardam pela divulgação do JOLTS americano, fechando os dados para o mês de maio no país, e monitoram falas de autoridades econômicas dos principais bancos centrais globais durante o Fórum anual do Banco Central Europeu (BCE) em Sintra, Portugal.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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