Câmbio abre a segunda em alta, cotado ao redor de R$ 5,47
Dólar deve refletir ataque contra Trump e PIB da China
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,47 (+0,7%)
▲ Dollar Index (DXY): ~104,2 pontos (+0,1%)
O mercado de divisas deve repercutir o ambiente de incerteza mais elevada após a tentativa de assassinato ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de dados piores que o estimado para a economia chinesa.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Boletim Focus semanal (BC) – 08h30min.
• Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) de maio (BC) – 09h00min.
• Índice de atividade industrial do Federal Reserve de New York de junho – 09h30min.
• Palestra do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell – 13h30min.
• Balança comercial semanal (Secex) – 15h00min.
• Palestra da presidente do Federal Reserve de San Francisco, Mary Daly – 17h35min.
Voo para a qualidade O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de alta nas primeiras operações desta segunda-feira, quando era negociado ao redor de R$ 5,47 (11h00min), por conta de um ambiente de negócios global mais incerto e avesso ao risco após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ser alvo de um ataque a tiros que acertou de raspão sua orelha. Embora seja cedo para tirar conclusões sobre o episódio, a percepção de analistas é de que as chances de vitória de Trump nas eleições presidenciais de novembro aumentaram, ao mesmo tempo em que o evento eleva a imprevisibilidade em um quadro político americano já complexo. Assim, as primeiras movimentações desta semana parecem apontar para uma “fuga para a qualidade”, quando investidores buscam reduzir sua exposição a riscos e procuram ativos líquidos e seguros para momentos de estresse, prejudicando o desempenho de ativos arriscados, como commodities e moedas de países emergentes, como o real. Adicionalmente, há uma percepção de que uma eleição de Trump pode, potencialmente, resultar em mudanças fiscais no país, com novos cortes de impostos para empresas americanas e elevação da taxação à importação, com potencial impacto inflacionário e que resultaria, consequentemente, em juros mais elevados para estabilização dos preços, contribuindo para o fortalecimento do dólar.
Desaceleração chinesa Além do ambiente de incerteza nos negócios enquanto se pondera as possíveis consequências do ataque contra Trump, investidores também reagem à divulgação de dados piores que o esperado para a economia chinesa. No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas 4,7% ante o mesmo período do ano passado, abaixo do crescimento de 5,3% do primeiro trimestre, da estimativa mediana de analistas de 5,1% e abaixo da meta oficial de crescimento de 5% para o ano. Este número reforça a percepção que a demanda interna no país segue enfraquecendo e que será um desafio atingir a meta de crescimento sem a adoção de novos estímulos econômicos pelo governo, reduzindo, por consequência, as expectativas para demanda por commodities pelo país e prejudicando o desempenho de moedas de países exportadores de produtos primários, como o real.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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