Câmbio abre a segunda estável, cotado ao redor de R$ 5,59
Dólar repercute desistência de Biden e cortes de juros chineses
= Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,59 (0,0%)
▼ Dollar Index (DXY): ~104,3 pontos (-0,1%)
Em dia de agenda leve, o mercado de divisas deve repercutir a desistência do presidente americano, Joe Biden, de concorrer à reeleição, bem como a decisão inesperada do Banco Central da China (PBoC) de cortar os juros básicos do país.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Boletim Focus semanal (BC) – 08h30min.
• Balança comercial semanal (Secex) – 15h00min.
• Relatório Bimestral de Avaliação das Receitas e Despesas Primárias (STN) – 15h30min.
Incertezas na política americana Após começar a sessão em alta, o dólar negociado no mercado interbancário inverteu sua tendência para as primeiras operações desta segunda-feira para baixa, quando era cotado ao redor de R$ 5,56 (10h30min). Os investidores repercutem o anúncio de ontem do presidente americano, Joe Biden, que não iria buscar a reeleição, gerando especulações sobre quem será o novo candidato do partido Democrata e quais serão as propostas econômicas caso o partido vença nas eleições presidenciais de novembro. A desistência de Biden amplia o grau de incerteza sobre o cenário político americano, que já era complexo após a tentativa de assassinato de Trump há uma semana, e é lida neste primeiro momento como um evento que reduz as chances de vitória dos Republicanos. Mesmo diante da incerteza mais elevada, a maior parte dos mercados de ativos apresentam variações leves, possivelmente diante de um compasso de espera de investidores por maior clareza nos rumos da política econômica americana.
Incertezas fiscais no Brasil Adicionalmente, investidores aguardam pela divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, às 15h30min, que deve detalhar as medidas de contingenciamento de R$ 15 bilhões anunciadas pelo governo na semana passada. A crise de confiança dos agentes do mercado financeiro com a condução das políticas econômicas brasileiras foi reforçada na semana passada após declarações do presidente da República sugerirem a intenção de buscar uma política fiscal expansionista e relativizar a importância de cumprir as metas previstas pelo arcabouço fiscal, o que levou a nova rodada de desvalorização do real e, também, de novas mensagens da equipe econômica do Palácio do Planalto buscando tranquilizar os investidores. Assim, o relatório de hoje é importante para reduzir os receios com o cenário fiscal brasileiro e buscar recuperar a credibilidade abalada.
Estímulo inesperado na China Por fim, os mercados de ativos reagiam positivamente ao corte inesperado de juros pelo banco central chinês, o primeiro desde agosto do ano passado. O PBoC reduziu a taxa básica de um ano de 3,45% a.a. para 3,35% a.a., e a taxa básica de cinco anos de 3,95% a.a. para 3,85% a.a., buscando reforçar os estímulos monetários para a economia. Indicadores econômicos recentes sugerem que o dinamismo do país está perdendo ritmo, com sinais de desaceleração da demanda interna e de que o atingimento da meta oficial de crescimento de 5% seria desafiador este ano. Assim, os estímulos anunciados podem ajudar na retomada da expansão da atividade econômica e beneficiam o desempenho de ativos arriscados globais, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários, como o real.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.