Câmbio inicia a quarta em alta, cotado ao redor de R$ 5,63
Dólar deve refletir recuo de commodities e valorização do iene
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,63 (+0,8%)
▼ Dollar Index (DXY): ~104,2 pontos (-0,3%)
Em dia de poucos indicadores, o mercado de divisas deve repercutir o cenário global de aversão a ativos arriscados e de fortalecimento do iene japonês, o que pode prejudicar o desempenho do real na sessão.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – 10h00min.
• Prévia do Índice Gerente de Compras (PMI) industrial e serviços de julho nos EUA (S&P Global) – 10h45min.
• Decisão de política monetária do Banco Central do Canadá – 10h45min.
• Fluxo cambial semanal (BC) – 14h30min.
• Palestra da presidente do Federal Reserve de Dallas, Lorie Logan – 17h00min.
• Palestra da membra do Conselho de Governadores do Federal Reserve, Michelle Bowman – 17h05min.
Aversão global a riscos O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de alta nas primeiras operações desta quarta-feira, quando era cotado ao redor de R$ 5,63 (10h05min). Embora o dia possua poucos indicadores de relevância, investidores devem observar atentamente pronunciamentos de autoridades importantes tanto nos EUA quanto no Brasil. Cabe destaque, apenas, às prévias do PMI americano de julho medidas pela S&P Global, em um contexto de desaceleração recente de dados econômicos no país. Adicionalmente, a movimentação do mercado de divisas parece estender a tendência de aversão a risco por parte dos investidores vista nos últimos dias. Nos Estados Unidos, há um temor, sobretudo no mercado de capitais, após divulgações mais fracas de balanços patrimoniais de empresas com peso relevante no mercado acionário americano, a exemplo de Tesla (TSLA.O) e Alphabet (GOOGL.O). Adiciona-se a esse cenário o contexto político instável no país, que contribui para o fortalecimento do dólar em um movimento de “fuga para qualidade”. Isso, por sua vez, prejudica o desempenho de investimentos mais arriscados, como commodities e moedas de países emergentes, incluindo o real.
Commodities e ienes intensificam as perdas do real Nesse contexto, o recuo nos preços internacionais do petróleo e do minério de ferro, itens importantes da pauta exportadora brasileira, intensificam ainda mais as perdas da moeda brasileira, ao reduzir a expectativa de receitas externas na balança comercial. Por fim, a valorização do iene japonês nos últimos dias penaliza os ganhos do real ao desincentivar as operações de “carry trade” (ou carrego), isto é, o fortalecimento da moeda japonesa reduz a rentabilidade desse tipo de operação e estimula os agentes a desfazer essas operações e, por consequência, venderem a moeda brasileira.
Desempenho dos índices de commodities Bloomberg e FTSE/CC CRB desde 12 de julho de 2024 (12/jul = 100)
Fonte: Refinitiv. Elaboração: StoneX.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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