Câmbio começa a terça em queda, cotado ao redor de R$ 5,65

Dólar deve refletir alívio externo e ata do Copom
 

▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,65 (-1,6%)
▲ Dollar Index (DXY): ~103,1 pontos (+0,4%)

O mercado de divisas repercute o movimento de recuperação global após a sessão de forte pessimismo e aversão ao risco de ontem, bem como à divulgação da ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Agenda do dia (horário de Brasília):
•    Ata da decisão de política monetária (BC) – 08h00min.
•    Balança comercial brasileira de julho (Secex) – 15h00min.
•    Balança comercial americana de junho (BEA) – 09h30min.
•    Balança comercial de julho na China (NBS) – 00h00min.

Ata firme do Copom favorece o real O dólar negociado no mercado interbancário apresentava forte tendência de baixa nas primeiras operações desta terça-feira, quando era cotado ao redor de R$ 5,65 (10h15min), refletindo a menção à possibilidade de novas altas para a taxa básica de juros (Selic) na ata do Copom. Apesar do tom mais firme, o comunicado do Comitê da semana passada decepcionou as expectativas à essa menção. Já o documento de hoje afirma “que há mais riscos para cima na inflação, inclusive com vários membros enfatizando a assimetria do balanço de riscos” e que “o Comitê avaliará [qual] a melhor estratégia: de um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por um tempo suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante; de outro lado, o Comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”. A postura mais contracionista do Copom sinaliza aos investidores que os juros Selic se manterão mais elevados por mais tempo, o que tende a favorecer o diferencial de juros brasileiro ante a outras economias, particularmente em meio a expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, o que, por sua vez, contribui na atração de capitais estrangeiros, fortalecendo o real.

Recuperação do apetite por riscos Contribui para o fortalecimento do real, também, o movimento global de recuperação de ativos arriscados após a sessão de ontem ser marcada por extraordinária volatilidade, aversão a riscos e pessimismo generalizado. A percepção de investidores é que as flutuações de ontem foram exacerbadas em relação às mudanças mais graduais nos fundamentos de negócios, o que resulta em um desmonte de algumas posições assumidas na véspera e ajuda ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real, a apresentar um bom desempenho no pregão desta terça.

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.