Câmbio fecha em queda, logo abaixo de R$ 5,50
Baixa foi atenuada durante o dia por exterior e fala de Galípolo
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,498 (-0,3%)
= Dollar Index (DXY): 103,1 pontos (0,0%)
Depois de operarem abaixo de R$ 5,48 nas mínimas do intradia, prolongando a queda observada na sexta-feira (9), as cotações da taxa de câmbio brasileira tiveram sua trajetória moderada durante a tarde pelo aumento dos riscos geopolíticos no Oriente Médio e diante da sinalização de maior preocupação do Banco Central com as condições para o atingimento das metas de inflação no Brasil. No encerramento desta segunda (12), o par real/dólar era cotado a R$ 5,498, em recuo diário de 0,3%.
Variações | No dia: -0,31% | Na semana: -0,31% | No mês: -2,79% | No ano: +13,32% | Em 12 meses: +12,10% |
Alerta geopolítico Nesta segunda, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, anunciou que os Estados Unidos se preparam para a possibilidade de ataques significativos do Irã contra Israel ainda esta semana. Após os assassinatos do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, e do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, no final de julho, a escalada das tensões com Teerã e o Hamas tornou a possibilidade de um conflito na região mais concreta. De acordo com a imprensa americana, o Pentágono teria destacado um submarino com mísseis teleguiados, o porta-aviões USS Abraham Linconl e um esquadrão de caças F-35 para reforçarem as defesas de Israel. A movimentação de recursos militares também tem o intuito de alertar o governo iraniano sobre os elevados riscos de uma ofensiva contra Israel. Os receios com a deterioração da situação no Oriente Médio serviram de suporte para os contratos futuros de petróleo, que encerraram em alta de 4% no pregão de hoje.
Cenário desconfortável Em evento em São Paulo, o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, sinalizou que o cenário atual “tem nos deixado em uma situação mais desconfortável” para o cumprimento da meta de inflação, em vista dos dados mais recentes de inflação que indicaram aceleração do nível de preços ao consumidor em julho. Em sua fala, Galípolo reforçou a mensagem da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de que o colegiado acompanhará a evolução dos indicadores econômicos para a tomada de decisão, e de que não hesitará em elevar a Selic caso julgue apropriado. O diretor do BC também esclareceu que a última ata não teve como objetivo fornecer forward guidance, dando pistas sobre as próximas ações do Copom, mas enfatizar o balanço de riscos assimétrico para a inflação, com predominância dos fatores de alta.
Mercado de moedas
Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.
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