Câmbio abre terça em baixa suave, cotado ao redor de R$ 5,49
Dólar deve refletir dados de inflação ao produtor nos EUA e falas de autoridades econômicas
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,49 (-0,2%)
▼ Dollar Index (DXY): ~102,91 pontos (-0,2%)
O mercado brasileiro de câmbio operava perto da estabilidade, com um leve viés de baixa nas primeiras negociações desta terça-feira (13). Por volta das 10h30, o par real/dólar era cotado a R$ 5,486 na venda (-0,2%), em sessão que deve ser marcada por novas falas de diretores do Banco Central e pela ansiedade dos investidores com os dados da inflação ao consumidor nos Estados Unidos. O CPI de julho, com divulgação prevista para amanhã, será um dos indicadores-chave na definição da magnitude do corte da meta de juros do Fed em setembro.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Pesquisa Mensal de Serviços de junho (IBGE) – 09h00min.
• Índice de Preços ao Produtor (PPI) de julho (BLS) – 09h30min.
• Fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – 10h00min.
• Palestra do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo – 13h45min.
• Fala do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic – 14h15min.
• Fala do diretor de política monetária do Banco Central, Renato Dias Gomes – 18h15min.
• Fala do diretor de política monetária do Banco Central, Diogo Guillen – 19h50min.
Desaceleração de custos De acordo com o Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS), o índice de preços ao produtor - demanda final (PPI-FD) para a economia americana registrou arrefecimento no mês de julho, recuando de uma alta de 0,2% no mês anterior para 0,1%. O indicador, que ficou aquém das estimativas dos analistas, acumula alta de 2,2% em 12 meses, abaixo do atingido até junho, 2,6%. A desaceleração PPI-FD é um indicativo prévio de atenuação das pressões inflacionárias que serão transmitidas aos bens finais, podendo se refletir ao longo dos meses na formação do índice de preço ao consumidor (CPI). Esse resultado corrobora as expectativas por um corte da taxa de juros do Federal Reserve em setembro: o mercado de juros futuro americano aponta para uma probabilidade de 52,5% de uma redução de 50 pontos base em setembro, e de 47,5% de um ajuste menos intenso, de 25 pontos base.
Dados de serviço surpreendem No contexto interno, devem ser avaliadas ao longo do dia as falas dos diretores de política monetária do Banco Central e a repercussão da divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de junho pelo IBGE. No que se refere às falas, devem ser observados atentamente quaisquer indicativos sobre a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) para o patamar da taxa básica de juros no país (Selic), no dia 18 de setembro. Durante a semana, a comunicação dos diretores tem indicado firmeza quanto ao objetivo de estabilização do nível de preços, com grande dependência de dados para calibrar suas decisões. Ontem, Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC, reforçou a mensagem da ata da última reunião, de que o colegiado acompanhará a evolução dos indicadores econômicos para a tomada de decisão, e de que não hesitará em elevar a Selic caso julgue apropriado. Na ata, destaca-se a percepção de um balanço de riscos assimétrico para a inflação, com predominância dos fatores de alta. Considerando a dependência de dados para ajustar as expectativas de inflação, pesquisas que espelham a atividade econômica do país, como a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, devem complementar a percepção de riscos. Com relação ao mês de junho, o volume de serviços surpreendeu significativamente os investidores ao indicar patamar recorde, com aumento de 1,7% ante o mês anterior. Esse número corresponde a um aumento 0,5% maior que o recorde anterior, de dezembro de 2022. A mediana das estimativas do mercado para o índice era de alta de 0,8%. Esse dado ajuda a delinear um quadro de fortalecimento da atividade econômica no país, o que por sua vez aumenta o temor inflacionário e amplia a possibilidade de elevações na taxa de juros, valorizando o real globalmente.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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