Câmbio fecha a segunda em queda, cotado a R$ 5,413
Dólar repercute bom humor externo
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,413 (-1,0%)
▼ Dollar Index (DXY): 101,9 pontos (-0,5%)
O mercado de divisas repercutiu o enfraquecimento amplo da moeda americana diante de um forte apetite global por ativos arriscados, bem como declarações mais firmes do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.
Variações | No dia: -0,99% | Na semana: -0,99% | No mês: -4,29% | No ano: +11,58% | Em 12 meses: +8,67% |
À espera de Jackson Hole O dólar negociado no mercado interbancário apresentou expressiva tendência de queda ao longo desta segunda-feira, em um dia de perdas generalizadas da moeda americana. O índice DXY recuou ao seu menor patamar desde o início de janeiro, abaixo de 102 pontos, refletindo a expectativa de que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deva sinalizar o início do ciclo de cortes de juros da instituição para a decisão de setembro em suas falas durante o Simpósio Econômico de Jackson Hole, nesta sexta-feira. A leitura inflacionária moderada e a forte expansão das vendas do varejo na semana passada reduziram os temores remanescentes de uma possível recessão da economia americana no curto prazo e reforçaram a percepção de um “pouso suave” do país, diminuindo as apostas de cortes de 0,50 p.p. pelo Fed e impulsionando o apetite por ativos arriscados globalmente, como ações, commodities e moedas de países emergentes.
Expectativa por um BC mais firme Contribuiu para o fortalecimento do real, também, falas mais firmes de Gabriel Galípolo, reforçando a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) possa realizar uma alta na taxa básica de juros (Selic) no curto prazo, possivelmente em sua próxima decisão. Apesar de afirmar que o BC necessita de mais dados para orientar sua decisão de setembro, Galípolo declarou que há um “incômodo bastante significativo” com as projeções elevadas para juros e inflação no Brasil e reforçou que todas as opções de política monetária permanecem à mesa, inclusive uma eventual alta dos juros básicos. A perspectiva de uma taxa Selic mais elevada por mais tempo em meio à expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve melhora o diferencial de juros brasileiro ante a outras economias e contribui na atração de investimentos externos, fortalecendo o real.
Mercado de moedas
Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.
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