Câmbio inicia a quarta estável, cotado ao redor de R$ 5,47
Dólar deve refletir expectativas para os juros americanos
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,47 (-0,3%)
= Dollar Index (DXY): ~101,4 pontos (0,0%)
Em dia de agenda fraca, o mercado de divisas deve repercutir a divulgação da revisão anual dos números de emprego nos Estados Unidos, com receios de sinais de enfraquecimento da economia do país, bem como a divulgação da ata da última decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Revisão anual de números de emprego nos EUA (BLS) – 11h00min.
• Fluxo cambial semanal (BC) – 14h30min.
• Ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) – 15h00min.
À espera do “payroll” O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta quarta-feira, quando era negociado ao redor de R$ 5,47 (10h30min). A movimentação parece sinalizar um compasso de espera por parte dos investidores pela divulgação da revisão anual dos dados de emprego nos EUA. Teme-se que a revisão periódica, que cobre o período entre abril de 2023 e março de 2024, reacenda preocupações de que a economia americana esteja desacelerando mais intensamente do que o previsto. Na sessão de ontem, investidores se anteciparam a uma possível divulgação abaixo do esperado para os números, o que gerou enfraquecimento da moeda americana frente a divisas de economias avançadas, como o euro, o iene japonês e o franco suíço e, ao mesmo tempo, um fortalecimento frente a divisas de economias emergentes, como o real, o peso mexicano e o rand sul-africano. Desde o início do ciclo de alta dos juros pelo Federal Reserve, no início de 2022, o mercado de trabalho tem sido monitorado de perto devido à possibilidade de exercer pressão inflacionária nos Estados Unidos. A hipótese de que os indicadores tenham superestimado o seu vigor, no entanto, instaura um temor de que o aperto monetário possa ter sido exagerado e penalizado excessivamente a atividade econômica. Estes temores causaram forte volatilidade nos mercados de ativos globais, por exemplo, na última divulgação do último relatório de emprego do país, relativa a julho, que apresentou desempenho abaixo do estimado por especialistas.
Ata do FOMC e trajetória dos juros americanos Adicionalmente, será divulgada hoje a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), realizada nos dias 30 e 31 de julho. Os investidores devem estar atentos a indícios sobre o tão esperado início do afrouxamento monetário no país, com as principais estimativas apontando que o corte nos juros deve acontecer na próxima reunião do Comitê, no dia 18 de setembro. A divulgação pode elevar a volatilidade nos mercados de divisas especialmente se incluir novas sinalizações sobre a direção da condução da política monetária
Política monetária no Brasil No Brasil, as percepções de risco em relação à política monetária também podem exercer um fator de volatilidade para o mercado de divisas. Recentemente, falas do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e de seu presidente, Roberto Campos Neto, elevaram as incertezas sobre a trajetória da taxa básica de juros (Selic), com Galípolo adotando um tom mais conservador quanto à condução da política monetária e Campos Neto adotando um tom mais flexível e pregando cautela e paciência.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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