Câmbio começa a terça estável, cotado ao redor de R$ 5,49
Dólar deve refletir IPCA-15 e exterior ameno
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,49 (-0,1%)
= Dollar Index (DXY): ~100,8 pontos (0,0%)
O mercado de divisas deve repercutir a divulgação do IPCA-15 de agosto, que deve ajudar investidores a calibrarem suas expectativas para a taxa básica de juros (Selic). No exterior, operadores do mercado financeiro se mantém em compasso de espera pela divulgação de resultados trimestrais da Nvidia, amanhã, que pode influenciar o apetite por riscos de investidores.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto (IBGE) – 09h00min.
• Índice de confiança do consumidor americano de agosto (CB) – 11h00min.
• Palestra do ministro da Fazenda, Fernando Haddad – 18h15min.
Moderação do IPCA-15 O dólar negociado no mercado interbancário alternava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta terça-feira, quando era cotado ao redor de R$ 5,49 (10h00min.) Nesta manhã, o IBGE divulgou que o IPCA-15 se desacelerou para 0,19% em agosto, em linha com as estimativas de analistas, após alta mensal de 0,30% em julho. A composição do índice também melhorou significativamente, com o aumento dos preços de serviços caindo de 0,71% em julho para 0,28% em agosto e o aumento do núcleo do indicador, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, caindo de 0,39% para 0,24% no mesmo intervalo. A leitura do IPCA-15 de agosto foi puxada pela alta de combustíveis, como gasolina (3,33%), etanol (5,81%), óleo diesel (+0,85%) e gás veicular (+1,31%), de Educação (+0,75%) e de Artigos de Residência (+0,71%), ao passo que o recuo dos preços de Alimentação e Bebida (-0,80%) e da energia elétrica residencial (-0,42%) ajudaram a limitar o avanço do indicador. O dado pode ter efeito ambíguo sobre a taxa de câmbio do real. Por um lado, ele sugere que a inflação no Brasil segue moderada e que, por isso, o ambiente de negócios pode ser mais estável, ajudando na atração de capitais externos e, consequentemente, fortalecendo o real. Por outro, ele indica menor urgência para o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizar uma possível alta na taxa básica de juros Selic e realimenta a interpretação de que a piora nas expectativas inflacionárias está mais associada à percepção de riscos do que às leituras recentes de números para os preços ao consumidor. A redução da possibilidade de uma alta na Selic, que chegou a estar plenamente precificada na curva futuro de juros DI, reduz, em tese, a perspectiva para o diferencial de juros brasileiro e pode diminuir a atratividade dos ativos financeiros do país, enfraquecendo o real.
Em espera pela Nvidia Vale ressaltar, também, que os mercados de ativos no exterior se mantêm em compasso de espera pela divulgação dos resultados trimestrais da empresa de tecnologia americana Nvidia. A ação é uma das mais importantes do grupo chamado de “Magnificent Seven” e é tida como uma aproximação do desempenho mais amplo dos segmentos de inteligência artificial e de alta tecnologia, que, por sua vez, lideram o rali recente dos índices acionários americanos. Dessa forma, os resultados da companhia podem influenciar o apetite por riscos de investidores.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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