Câmbio termina terça em leve alta, cotado a R$ 5,503
Dólar reflete ambiente externo desfavorável a ativos arriscados
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,503 (+0,2%)
▼ Dollar Index (DXY): 100,5 pontos (-0,3%)
O mercado de divisas repercutiu um ambiente de negócios levemente mais avesso ao risco, com força do dólar frente a moedas de economias emergentes, porém fraqueza diante de divisas de outras economias avançadas. No Brasil, em dia de baixa volatilidade, coube destaque à leitura branda do IPCA-15 de agosto.
Variações | No dia: +0,18% | Na semana: +0,43% | No mês: -2,71% | No ano: +13,42% | Em 12 meses: +12,87% |
Leve mau humor externo Em dia de poucos eventos e baixa volatilidade para o câmbio, o dólar negociado no mercado interbancário se manteve em leve alta ao longo da terça-feira, porém encerrando acima do patamar psicológico der R$ 5,50. No exterior, o ambiente de negócios foi marcado por uma elevação discreta da aversão a riscos. O movimento foi influenciado pela divulgação do índice de confiança do consumidor americano de agosto, pela Conference Board, que, apesar de ter se elevado em relação ao mês anterior, mostrou uma preocupação crescente dos pesquisados sobre o mercado de trabalho do país. Adicionalmente, uma redução nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) diminuiu a rentabilidade desses ativos e favoreceu uma diversificação da carteira de investidores para outras moedas consideradas portos-seguros, como o franco suíço, o euro e o iene. Agora, os agentes do mercado financeiro aguardam pela divulgação de amanhã dos resultados trimestrais da empresa Nvidia, tida como um termômetro do apetite por riscos neste momento, e pela publicação do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de julho, na sexta-feira.
Moderação do IPCA-15 No Brasil, o destaque do dia foi a divulgação do IPCA-15 de agosto, que mostrou uma desaceleração para 0,19%, em linha com as estimativas de analistas, após ter registrado uma alta de 0,30% em julho. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ao consumidor atingiu 4,35%, situando-se levemente abaixo do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%. Esse resultado gerou sinais mistos entre os investidores: por um lado, a desaceleração pode ser interpretada como uma indicação de alívio nas pressões inflacionárias. Nesse sentido, apesar de não se descartar completamente a possibilidade de novos apertos monetários no curto prazo, a diminuição no ritmo de inflação pode ter reduzido a probabilidade de um aumento da taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, no dia 18 de setembro, potencialmente enfraquecendo o real nos próximos dias. Por outro lado, o índice sugere que a inflação no Brasil segue moderada e que, por isso, o ambiente de negócios pode ser mais estável, ajudando na atração de capitais externos e, consequentemente, fortalecendo o real.
Mercado de moedas
Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.
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