• Futuros de café arábica recuaram 590 pontos (3,2%) na semana, para US¢ 180,75/lb.
• Cotações de café robusta avançaram USD 45/ton (1,7%) para USD 2747/t.
• Indicador Cepea para o café arábica terminou semana com queda de 4,2%, a R$ 963,32/saca.
• Indicador Cepea para o café robusta avança 0,5%, terminando a sexta cotado a R$ 729,23/saca
• Dollar Index apresentou queda de 1,3% refletindo as decisões dos bancos centrais
• Dólar termina a semana com queda de 1,1% na semana, cotado em R$ 4,82
• Na terça-feira (20), o Coffee Network divulgará seu relatório global de café
• Na quinta-feira (22), o USDA divulgará suas estimativas para o balanço global de café
• USDA ajusta em 20% sua estimativa de produção em Honduras em 2022/23
• Departamento americano projeta produção hondurenha em 7,9 milhões de sacas em 23/24
• IBGE ajusta para 55,4 milhões de sacas sua projeção para a produção brasileira em 2023/24
• No mês de maio, as exportações brasileiras de café completaram 6 meses consecutivos em queda
Os preços futuros de café arábica e café robusta terminaram a semana com resultados mistos, com os futuros de arábica recuando quase 600 pontos em Nova Iorque e os futuros de robusta avançando USD 45/ton em Londres. Enquanto para o arábica, a divulgação do relatório do USDA indicando aumento na produção em Honduras e a perspectiva de aumento de oferta no balanço global atuou de forma negativa para as cotações. Em Londres, os preços ainda refletem o cenário de menor disponibilidade para o tipo, principalmente na Ásia, e a condição de maior demanda por parte da indústria.
Além disso, os preços do arábica refletiram o arrefecimento das preocupações com relação a queda das temperaturas no cinturão cafeeiro. Por outro lado, a queda do dólar no Brasil e a queda do dollar index atuou de forma positiva para as contações, favorecendo as movimentações em Londres e limitando as perdas em Nova Iorque.
Como apresentado no Panorama Semanal de Câmbio, as decisões de política monetária pelos Bancos Centrais dos Estados Unidos, Europa e Japão resultaram em fortalecimento da moeda única europeia ante as divisas japonesa e americana, resultando em uma queda de 1,3% do dollar index na semana. No Brasil, a elevação da perspectiva de crédito do país pela agência S&P, que mudou a classificação brasileira de “estável” para “positivo”, reforçou o ambiente de otimismo e contribuiu para o fortalecimento da moeda brasileira – o par USDBRL terminou a semana com queda de 1,1% fechando a sexta-feira (16) cotado em USDBRL 4,821.
Em Nova Iorque, o contrato mais ativo de café arábica terminou a semana com perdas de 590 pontos (3,2%), fechando a sexta-feira cotado em US₵ 180,75/lb. Em Londres, o contrato mais ativo apresentou ganhos de USD 45/ton (1,7%), fechando a semana cotado em USD 2747/ton.
Intraday semanal (contrato mais ativo) – 12/06 a 16/06
No Brasil, os preços praticados no mercado doméstico seguiram as movimentações observadas em Nova Iorque e Londres, terminando a semana com resultados mistos. O indicador Cepea para o arábica apresentou queda de 4,2%, fechando cotado em R$ 963,32/saca. Para o robusta, o indicador Cepea terminou o período cotado em R$ 729,23/saca, representado um ganho de 0,5% na semana.
Na agenda da semana, será destaque a divulgação do relatório do USDA com suas perspectivas para o balanço global de café na quinta-feira (22). Na terça-feira (20) o CoffeeNetwork, empresa do grupo StoneX, divulgará suas estimativas para o balanço de oferta e demanda global de café na próxima temporada.
Com o ajuste na produção o USDA também atualizou suas expectativas para as exportações de café no país. Para 2022/23, as exportações são estimadas em 6,23 milhões de sacas, representando um incremento de 11,3% com relação a estimativa anterior e de 39,8% se comparado com o ano anterior. Para 2023/24, as exportações do país devem totalizar 6,85 milhões de sacas, o que indica um avanço de 10%.
No Brasil, o IBGE aumentou suas estimativas para a safra 2023/24 em 0,3% para 55,4 milhões de sacas, o que representa um avanço de 5,9% se comparado com a safra anterior. A produção de arábica foi estimada em 38,5 milhões de sacas, 13,4% maior que a safra anterior. A produção de café robusta foi estimada em 16,9 milhões de sacas, indicando um avanço de 8,1% se comparado com a safra anterior.
Em maio, no comparativo anual, a maior queda nas exportações ocorreu com o tipo arábica, enquanto as exportações de café robusta permaneceram quase inalteradas. No mês, 1,98 milhões de sacas de café arábica foram exportadas, representando um recuo de 21,4% se comparado com maio do ano passado. As exportações de robusta totalizaram 131,7 mil sacas, postando uma queda de apenas 0,1%.
Apesar do patamar quase inalterado nas exportações de robusta, é importante lembrar que as exportações do tipo estiveram enfraquecidas em todo o ano de 2022, devido ao patamar fortalecido dos diferenciais. Em 2023, os diferenciais de robusta recuaram, o que indica que as exportações tendem a avançar nos próximos meses. Para o café arábica o cenário também de maior otimismo com as exportações, que devem avançar no segundo semestre do ano.
Diferenciais de preço de robusta tipo 6 | ES Robusta - ICE LD (USD/ton)
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