Diário de Petróleo

Estoques de petróleo nos EUA recuam novamente Um dos fatores que contribuiu para frear a tendência de queda do petróleo ontem foi a divulgação dos estoques nos Estados Unidos. De acordo com o DOE, as reservas de petróleo recuaram cerca de 1,5 milhão de barris na última semana – valor abaixo da expectativa geral do mercado, mas que estende a tendência dos estoques por mais uma semana. Apesar de uma alta da produção e das importações, o consumo e exportações ainda elevados pressionaram as reservas do óleo bruto para 452,2 milhões de barris – menor nível desde janeiro. Os combustíveis, por sua vez, registraram quedas mais expressivas nos estoques na última semana. As reservas de gasolina recuaram 2,5 milhões de barris, contra uma previsão de alta de agentes do mercado, refletindo o aumento do consumo em meio a driving season no país. O diesel também apresentou cenário similar, com estoques atingindo 113,4 milhões de barris – uma queda de 1 milhão de barris.    

Arábia Saudita revisa preços para Ásia Após anunciar a extensão do corte produtivo de 1 mbpd até agosto no início da semana, a Arábia Saudita revisou positivamente os contratos do “Arab Light” para entrega no próximo mês para a Ásia. A Saudi Aramco ajustou o preço em USD 0,2 bbl em relação ao valor de julho, elevando os contratos para USD 3,2 bbl acima da referência de Dubai para o petróleo. Com o aumento dos preços, o Arab Light se torna ainda menos competitivo para as refinarias asiáticas – estas que esperavam um corte de USD 0,5 bbl nos contratos antes do anúncio de segunda-feira, de acordo com pesquisas – uma vez que as menores margens de refino levam as empresas se apoiarem em alternativas mais atrativas, como o petróleo russo.   

Produção não deve ser afetada com novos limites na Rússia De acordo com fontes do governo russo, o país não irá reduzir a produção doméstica de petróleo no mês de agosto, apesar do anúncio da extensão dos limites de exportações de 500 kbp no mês – anunciado na segunda-feira. A fonte afirmou que a demanda interna por derivados de petróleo está aquecida, o que deve manter os níveis produtivos do óleo bruto mesmo com exportações limitadas. A decisão de reduzir as exportações tem como objetivo suportar os preços da commodity no mercado internacional, com o Brent recuando quase 7% desde o início do ano, o que prejudica a arrecadação do governo russo – uma vez que os Urals tem sido vendidos com grandes descontos em relação ao Brent. 

Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (07), as cotações abriram a sessão em leve alta, com o contrato do Brent para vencimento em setembro/23 operando em USD 76,76 (+0,31%) até as 9h10. Mercado reflete decisão da Arábia Saudita em revisar os contratos para entrega em agosto, mas também aguarda divulgação do Relatório de Situação do Emprego dos EUA para avaliar a resistência do mercado de trabalho após a pausa no ciclo de aperto monetário do Fed.
 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.