Na última segunda-feira (24), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, sendo cotadas a USD 82,74 bbl (+2,06%) e USD 78,74 bbl (+2,17%).
O petróleo operou próximo aos maiores valores dos últimos três meses conforme o anúncio de estímulos econômicos na China contribui para impulsionar a demanda por energia, em meio a um cenário de oferta mais restrita após os cortes promovidos pelos países da OPEP.
Perspectivas de estímulos econômicos na China Ontem, a China realizou um encontro para discutir a economia do país, que poderá impactar a trajetória de crescimento ao longo do segundo semestre. Nessa reunião, o governo central sinalizou uma mudança das políticas no setor imobiliário (que representa quase 20% da economia), saindo de uma política restritiva para assumir viés mais expansionista. Além disso, a intenção de aprovar uma lista com mais de 2,9 mil projetos de investimentos do setor privado (que somam quase USD 455 bilhões) também melhorou os ânimos de investidores. As medidas visam estimular a demanda, o crescimento e revigorar o mercado de trabalho chinês, podendo influenciar fortemente a demanda por combustíveis no país – contribuindo, assim, para suportar os preços do Brent no início da semana.
Arábia Saudita reduz exportações de petróleo De acordo com dados providos pelo governo saudita, as receitas com as exportações do óleo bruto em maio/23 alcançaram USD 19,2 bilhões, marcando queda de 37,7% no comparativo com maio/22. Tal situação acabou por afetar as receitas totais com exportações do país, que caíram 32,1% no período analisado. A redução dos ganhos com as vendas externas de petróleo reflete a diminuição das exportações da commodity pela Arábia Saudita no mês, que alcançou o menor valor dos últimos 19 meses. Para os próximos meses, as perspectivas seguem de novos cortes nas exportações, em meio à decisão voluntária dos sauditas de reduzir a produção do país em 1 mbpd até agosto – que deve comprometer os volumes de petróleo enviado ao exterior.
Reservas de diesel nos EUA não se recuperaram Os estoques de diesel estão próximos às mínimas históricas nos Estados Unidos, com o país não conseguindo aproveitar o aumento da produção doméstica para recompor as reservas. Os EUA vêm registrando uma queda do consumo de diesel nos últimos meses, refletindo a desaceleração de diversos setores da economia após o ciclo de aperto monetário do Fed, mas esse fator também não contribuiu para a reestruturação dos estoques durante o verão – período em que normalmente se verifica um aumento das reservas do derivado. Isso decorre da priorização das exportações do combustível para o aproveitamento das melhores margens no mercado internacional, com empresas evitando os custos de armazenagem do energético. A situação, no entanto, aumenta a vulnerabilidade do país em meio a restrições da oferta de diesel de outros players no mercado global – e agentes olham com atenção esse cenário nos meses agosto e setembro, onde o risco de furacões sobre o Golfo do México podem paralisar as atividades de refino.
Petróleo amanhece estável Hoje pela manhã (25), as cotações abriram a sessão estáveis, com o contrato do Brent para vencimento em setembro/23 operando em USD 82,66 (-0,10%) até as 09h20. Apesar das do suporte oferecido por receios relacionados à oferta global e os novos estímulos econômicos chineses, o petróleo segue pressionado pela divulgação de dados econômicos negativos na Zona do Euro e nos EUA, evidenciando a desaceleração de alguns setores que as duas regiões vêm apresentando.
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