Na última segunda-feira (31), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações alta, sendo cotadas a USD 85,56 bbl (+0,67%) e USD 81,80 bbl (+1,51%).
A referência registrou o melhor ganho mensal (+12,7%) desde janeiro/22, alcançando o maior valor desde meados de abril/23. Tal situação reflete os receios de um maior aperto do balanço de O&D global com a extensão dos cortes voluntários da Arábia Saudita para setembro/23 e as perspectivas mais otimistas ao redor da economia americana e europeia.
PIB da Zona do Euro cresce além das expectativas Na manhã de ontem (31), os preços do petróleo foram suportados pela divulgação do PIB na Zona do Euro no segundo trimestre de 2023, que superou as expectativas do mercado. De acordo com os dados divulgados pela Eurostat, o indicador registrou expansão de 0,6% no comparativo com o mesmo período de 2022, ao passo que as projeções apontavam para uma alta entre 0,4% e 0,5%. Em termos quantitativos, o crescimento foi guiado principalmente pela França e Espanha, ao passo que a Alemanha manteve o PIB inalterado e a Itália registrou queda, de 0,3%. A situação mais positiva da economia europeia – somada a divulgação de um PIB nos EUA acima das expectativas dos agentes financeiros na semana passada – sustentou as cotações do óleo bruto, em meio ao maior otimismo frente à demanda pela commodity nessas regiões.
Pesquisas apontam queda da produção da OPEP Outro fator que trouxe suporte aos preços do petróleo se deu na divulgação de novas pesquisas que apontaram para uma queda na produção de petróleo da OPEP 13 em julho. De acordo com as informações, a oferta total do grupo no mês foi de 27,34 mbpd, marcando uma queda mensal de 0,84 mbpd – maior redução mês-a-mês desde fevereiro/21. Tal baixa ocorre em meio ao início da redução voluntária da oferta da Arábia Saudita, de 1 mbpd – que deve se estender até setembro, conforme expectativa do mercado – como também problemas produtivos na Nigéria e na Líbia ao longo do mês, que sofreram com paradas repentinas em alguns campos importantes de extração da commodity. Tal cenário evidencia que o grupo começa a se mobilizar para reduzir a oferta em meio à diminuição das cotas produtivas e dos anúncios de cortes voluntários por parte da Arábia Saudita.
Atividades manufatureiras caem na China Limitando os ganhos do petróleo ao longo da sessão de ontem, houve a divulgação das pesquisas feitas pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, sigla em inglês) apontando para uma redução das atividades da indústria pelo quarto mês seguido, fator que trouxe receios ao mercado em relação à situação da economia chinesa. De acordo com os dados, o PMI industrial do país ficou abaixo dos 50 pontos mais uma vez, indicando retração das atividades do setor. O PMI de serviços, por outro lado, ficou em 51,5 pontos, mostrando um crescimento das atividades, apesar de apresentar forte queda frente aos valores de junho, de 53,2 pontos. Tal cenário evidencia a necessidade de estímulos por parte do governo chinês, fator que já vinha sendo precificado pelo mercado após anúncio sobre novos investimentos públicos em alguns setores da economia do país na semana passada.
Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (01), as cotações abriram a sessão com leve queda, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 85,15 (-0,35%) até as 09h20. Após alcançar o maior valor em três meses, o petróleo cede parte dos ganhos em meio à situação do setor industrial na China, que segue com dificuldades para retomar o crescimento das atividades.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.