Diário de Petróleo

Demanda por diesel segue aquecida no Brasil
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última segunda-feira (07), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, sendo cotadas a USD 85,34 bbl (-1,04%) e USD 81,94 bbl (-1,06%). 

As perspectivas menos positivas ao redor do período final da driving season nos EUA e a confirmação por parte de agentes do Fed sobre a possível necessidade de novos aumentos na taxa de juros americana para combate à inflação foram fatores que pressionaram os preços do petróleo, com o Brent fechando ontem abaixo dos USD 86 bbl.


Possíveis aumentos da taxa de juros americana afetam petróleo Na manhã de ontem, as cotações do petróleo foram afetadas pela afirmação feita por um dos membros do Conselho de Governadores do Fed, Michelle Bowman, sobre a necessidade de novos ajustes positivos sobre a taxa de juros básica dos EUA para garantia da meta de inflação do banco central. De acordo com Bowman, ainda faltam evidências de uma tendência de queda da inflação norte-americana, fator que impossibilita a interrupção da política monetária contracionista adotada pelo Fed nesse momento. A fala de Bowman acabou por pressionar os preços do óleo bruto, em meio às perspectivas de que tal política siga afetando a demanda pela commodity e seus derivados ao longo do segundo semestre.

Fluxos do Druzhba seguem interrompidos No último domingo (06), a operadora polonesa (PERN) do oleoduto de Druzhba – que conecta a Rússia à Europa Ocidental – confirmou a interrupção dos fluxos na principal via do oleoduto após detectar um vazamento, cuja causa segue incerta. Mesmo com a redução do fornecimento, tanto a PERN quanto o governo alemão confirmaram que o envio de petróleo para refinarias na Alemanha se mantém estável, conforme a segunda via do oleoduto segue funcionando normalmente. Nesse sentido, o mercado deve seguir monitorando a situação do oleoduto nos próximos dias, em meio à confirmação feita pela PERN de que a manutenção da via principal deve ser finalizada ainda hoje. Caso contrário, os preços do óleo bruto podem receber suporte em meio à redução da oferta da commodity para a Europa.

Vendas de diesel seguem aquecidas no Brasil Ontem, a ANP divulgou os dados de venda de combustíveis no mercado brasileiro ao longo do mês de junho. De acordo com as informações, a demanda por diesel B totalizou 5,454 milhões de m³, marcando alta de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado – além de ser o maior valor da série histórica para o mês de junho. No acumulado de 2023 (janeiro – junho) o indicador alcançou 31,198 milhões de m³, expandindo em 2,3% no comparativo com o ano de 2022 e passando a ser o maior valor para o primeiro semestre desde o início da série histórica. Tal cenário evidencia uma demanda aquecida pelo derivado no país, em meio à resultados positivos do PIB e perspectivas de safras excelentes para a soja e o milho.

O consumo de gasolina comum registrou um avanço mensal ainda maior, de 21,14% (3,840 milhões de m³), totalizando 23,138 milhões de m³ no acumulado de 2023 – alta de 17,3% frente ao observado no mesmo período de 2022. O aumento da demanda pelo derivado está relacionado principalmente a uma maior competitividade frente ao etanol hidratado ao longo do primeiro semestre – com as vendas do biocombustível caindo 10,12% na primeira metade do ano. Ainda assim, o crescimento do consumo do fóssil também está relacionado a um crescimento real da demanda por combustíveis leves no Brasil, conforme o Ciclo Otto registrou alta semestral de 11,25% no comparativo com o primeiro semestre de 2022.

 

Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (08), as cotações abriram a sessão em queda, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 83,56 (-2,12%) até as 09h20. Os preços do óleo bruto foram afetados negativamente pela divulgação das importações de petróleo da China em julho, que registrou redução de 18,8% no comparativo com o mês anterior, trazendo receios sobre uma possível retração do consumo chinês de petróleo e combustíveis no segundo semestre.

 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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