Na última terça-feira (08), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, sendo cotadas a USD 86,17 bbl (+0,97%) e USD 82,92 bbl (+1,20%).
Apesar de iniciar a sessão com fortes quedas – chegando a uma mínima diária de USD 83,32 bbl – em meio à divulgação de indicadores de importação negativos na China, o Brent mostrou recuperação expressiva após o Departamento de Energia dos EUA revisar para cima suas estimativas de crescimento do PIB americano para 2023.
China registra queda das importações de petróleo De acordo com os dados providos pelo GACC, as importações de petróleo pela China alcançaram 10,29 mbpd em julho, marcando queda de 18,8% no comparativo com o mês anterior, que havia registrando o segundo maior valor da série histórica. A redução das compras externas veio principalmente através da diminuição de cargas providas por parceiros chaves do país asiático, como EUA, Arábia Saudita e Rússia, com os dois últimos anunciando recentemente a queda voluntária da produção e exportação para setembro. Mesmo com a retração no comparativo mensal, a China registrou um aumento das importações no acumulado de 2023 (janeiro – julho) de 12,4% em relação aos primeiros sete meses de 2022. Além disso, estimativas apontam que o país já conta com reservas totais operando próximas a 1,2 bilhão de barris, de modo que a desaceleração das compras pelas refinarias poderia começar a ocorrer nesse período. Dessa forma, ao longo das próximas semanas, o mercado deverá se manter atento a divulgação de novos indicadores importantes de demanda, como processamento do petróleo e demanda doméstica por combustíveis.
STEO aponta PIB dos EUA maior para 2023 Compensando as quedas das cotações com a divulgação das importações chinesas, o relatório de tendências de curto prazo do mercado de petróleo (STEO, sigla em inglês) divulgado pelo DOE na manhã de ontem mostrou perspectivas mais otimistas em relação ao PIB norte-americano. O departamento promoveu uma revisão para cima das estimativas de crescimento do indicador em 0,4 p.p., indo de 1,5% para 1,9%. Paralelo a isso, o DOE reajustou também as suas perspectivas em relação ao preço médio do Brent para o segundo semestre, indo de USD 79 bbl para USD 86 bbl, evidenciando as expectativas do departamento de um balanço de )&D global de petróleo mais apertado para o período. Tais fatores trouxeram forte suporte aos preços do óleo bruto, em meio à confirmação por parte pelo DOE de que o mercado da commodity e de combustíveis poderá se mostrar mais aquecido na segunda metade do ano.
Estoques de petróleo sobem nos EUA De acordo com os dados providos pelo API, as reservas de petróleo registraram expansão semanal de 4,06 milhões de barris, em meio a um aumento das importações próximo a 2,45 milhões de barris. Os combustíveis seguiram caminho contrário, com a gasolina e o diesel registrando quedas na ordem de 413 mil barris e 2,09 milhões de barris, respectivamente, mesmo em um cenário de aumento da produção, com o fator de utilização das refinarias registrando aumento de 0,6 p.p.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (09), as cotações abriram a sessão em alta, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 86,95 (+0,85%) até as 10h00. Os preços seguem refletindo as perspectivas mais otimistas ao redor do PIB americano pelo DOE, de modo mantendo-se suportados. Agora, o mercado aguarda os dados semanais de departamento sobre o balanço americano de O&D de petróleo e combustíveis.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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