Na última quarta-feira (09), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, sendo cotadas a USD 87,55 bbl (+1,60%) e USD 84,40 bbl (+1,78%).
O contrato mais ativo do Brent alcançou o maior valor desde janeiro, em meio à uma expansão do consumo de gasolina e diesel nos EUA, cenário que pode fortalecer ainda mais o consumo do óleo bruto no país, com o fator de utilização das refinarias operando próximo a 94%.
Estoques de petróleo crescem nos EUA De acordo com os dados divulgados pelo DOE, os estoques de petróleo registraram alta semanal de 5,85 milhões de barris, totalizando 446 milhões de barris e passando a operar levemente acima das médias históricas dos últimos cinco anos. O motivo por trás dessa expansão se deu no salto produtivo observado entre as semanas, indo de 12,2 mbpd para 12,6 mbpd, maior valor para o ano, ultrapassando as máximas dos anos anteriores. Em contrapartida, as exportações retraíram cerca de 2,9 mbpd no comparativo semanal, outro fator que entregou maior fôlego às reservas.
Os derivados seguiram caminho contrário, com os estoques de gasolina e diesel caindo na ordem de 2,66 milhões e 1,7 milhão de barris, respectivamente. As reservas da gasolina seguem operando abaixo das mínimas históricas, em meio a um crescimento da demanda doméstica e das exportações do combustível. Já o diesel opera com estoques levemente acima das mínimas de anos anteriores, conforme redução das importações – que se encontram nas mínimas – e expansão das vendas externas.
Preços ao consumidor caem na China De acordo com os dados providos pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, sigla em inglês), os preços ao consumidor (CPI) registraram em julho a primeira queda desde fevereiro/21. A queda foi de 0,3% no comparativo anual, indo de encontro com o estimado pelo mercado, de 0,4%. Os preços aos produtores seguiram em baixa pela décima vez seguida, retraindo 4,4% no ano-a-ano. Tal cenário entregou pressão aos preços do óleo bruto, em meio às perspectivas menos otimistas sobre a demanda por bens e serviços no país asiático, fator que impacta diretamente no consumo de petróleo e combustíveis.
Demanda de diesel no Brasil deve se manter aquecida Na manhã de hoje (10), a StoneX divulgou a sua terceira revisão das estimativas de demanda de diesel B no Brasil para 2023, apontando para um crescimento do indicador em 1,71%, totalizando 64,3 milhões de m³. O principal motivo da revisão para cima das projeções – que em junho era de aumento anual em 1,30% – está nas melhores perspectivas para a expansão do PIB, com o Boletim Focus apontando para um crescimento anual de 2,26% do indicador em 2023, como também a forte expansão das safras 2022/23 de soja e milho no país – as quais a StoneX estima um aumento da produção na ordem de 23,9% e 12,7%, respectivamente, frente a safra 2021/22. Caso tiver interesse em ler o relatório completo – que contém também as estimativas para o consumo de biodiesel – clique aqui para acessar.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (10), as cotações abriram a sessão em leve queda, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 87,31 (-0,27%) até as 9h30. Os dados de inflação nos EUA divulgados nessa manhã vieram em linha com o estimado, fator que entregou menores impactos às cotações do óleo bruto até o momento. Nesse sentido, o mercado segue aguardando novos fundamentos que direcionem melhor as perspectivas sobre o balanço de O&D global do óleo bruto.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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