Diário de Petróleo

Preocupações com economia chinesa pressionam petróleo
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última segunda-feira (14), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, sendo cotadas a USD 86,21 bbl (-0,69%) e USD 82,51 bbl (-0,82%). 

A semana iniciou em queda com o petróleo influenciado pelo pessimismo de investidores após dados negativos da economia chinesa, mas medidas do governo para tentar estimular a atividade no país limitaram a tendência de queda. 
 


Recuperação econômica vacilante Preocupações com a recuperação econômica chinesa derrubaram os ânimos do mercado ontem, levando a uma desvalorização de ativos arriscados em favor do dólar. O petróleo foi afetado por esse movimento, com investidores preocupados também com a demanda de combustíveis ao longo de 2023. A deflação, crescimento abaixo do esperado de indicadores importantes para a economia chinesa, como as vendas do varejo e investimento em capital fixo, e o elevado desemprego entre os jovens mostram um cenário menos positivo no país. Em resposta a esses indicadores, o Banco Central do país diminuiu a taxa de juros de empréstimos de médio prazo, decisão não antecipada pelo mercado. 

Taxa de refino aumenta na China Apesar dos indicadores econômicos decepcionantes de julho, a taxa de refino na China apresentou um aumento de 17,4% no mês em relação ao mesmo período em 2022. O volume processado chegou a 14,87 mbpd de acordo com dados oficiais, sendo o terceiro maior valor para a série, ficando levemente abaixo de mar/23 (14,9 mbpd). O aumento expressivo no comparativo anual é reflexo de um aumento da demanda doméstica – especialmente pelo início da temporada de férias no país - mas também pelas melhores margens para exportação com a recuperação dos preços de derivados no mercado internacional. Assim, apesar da recuperação econômica na China não estar ocorrendo da maneira esperada, esse indicador mostra que o cenário é melhor do que no ano passado, quando a demanda era reprimida pelas políticas contra a COVID-19.    

Exportações russas de diesel em alta De acordo com agências de rastreamento, as exportações marítimas de diesel russo registraram um aumento de 7% na primeira quinzena de agosto em relação ao mesmo período em julho, chegando a 1,7 milhões de m³. O volume reflete um aumento da produção das refinarias após o fim do período de manutenções programadas, e países como Turquia (720 mil m³) e Brasil (140 mil barris) sendo os principais destinos do diesel russo, apesar do destino de grandes volumes (230 mil m³) ainda serem desconhecidos. Esse aumento ocorre em meio a promessa de limitações ao volume exportado realizada pelo Ministro de Energia russo nos últimos meses, a qual deve perdurar até setembro.  

Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (15), as cotações abriram a sessão em queda, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 85,11 (-1,25%) até as 9h30. Esse movimento reflete pessimismo do mercado em relação a economia chinesa, o qual segue pressionando os preços do petróleo, levando o Brent a operar nos menores níveis em uma semana. 

Petrobras reajusta preços de combustíveis Ainda nessa manhã, a Petrobras anunciou reajustes para cima nos preços de venda do diesel A e da gasolina A para as distribuidoras na ordem de R$ 0,78/L e R$ 0,41/L, respectivamente, com vigência a partir de amanhã (16). A alta ocorre em meio à expressiva defasagem dos preços praticados pela companhia de ambos os combustíveis frente ao mercado internacional, com o contrato mais ativo do ULDS NY Harbor e do RBOB avançando na ordem de 30% e 18%, elevando o spread entre o praticado no mercado doméstico e no exterior. Nas estimativas da StoneX, até o fechamento da sessão de ontem (14), os preços do diesel e da gasolina apresentavam uma defasagem frente ao mercado internacional de R$ 1,06/L e R$ 0,61/L.
 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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