Na última semana, as cotações de futuros do Brent acumularam queda de 2,32%, terminando a última sexta-feira (18) negociadas a USD 84,8 bbl (+0,81%), enquanto o WTI ficou em USD 81,25 bbl (+1,07%).
Após sete semanas acumulando altas apoiado na limitação da oferta de petróleo russo e saudita, o petróleo reverteu parte dos ganhos com a deterioração dos ânimos de investidores. Preocupações com economia chinesa e os impactos sobre o consumo de derivados pressionaram os futuros, levando o Brent a operar abaixo de USD 85 bbl, Apesar da queda, a referência conseguiu sustentar a marca de USD 80 bbl, não cedendo todos os avanços das últimas semanas.
Economia chinesa em desaceleração A divulgação de dados econômicos fracos na China continuou afetando o apetite por risco do mercado, com investidores temendo um crescimento abaixo do esperado na segunda maior economia do mundo. Os setores de varejo – mas especialmente imobiliário – enfraquecidos se configuram como obstáculos para dinamizar a economia. O resultado aquém da economia chinesa vem conseguindo reverter os ganhos do petróleo nas últimas semanas, com agentes do mercado preocupados também como esse movimento impactará a demanda por petróleo e derivados em 2023.
Estoques de petróleo em queda nos EUA De acordo com os dados providos pelo DOE, foi registrado queda semanal de 5,96 milhões de barris de petróleo das reservas comerciais americanas, alcançando 439 milhões de barris, menor valor desde início de janeiro. Apesar do crescimento acelerado da produção da commodity no país – que alcançou o maior valor anual, superando as máximas históricas dos últimos cinco anos para o período – a forte demanda doméstica e o aumento das exportações gerou um balanço deficitário do óleo bruto, trazendo receios ao mercado sobre a situação dos estoques de petróleo no país.
Incertezas com juros americanos Um fator que contribuiu com a queda dos contratos na última semana foram discursos de oficias do Fed quanto a trajetória da taxa de juros nos Estados Unidos. Para alguns representantes do Banco Central, dados econômicos apontam que a atividade no país seguiu aquecida durante o verão, com o atual patamar de juros não sendo suficiente para conter a inflação. Assim, aumentaram as expectativas de um novo aumento das taxas de juros em setembro, apesar de não parecer haver um consenso entre os membros da instituição.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (21), as cotações abriram a sessão em alta, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 85,81 (+1,19%) até as 09h20. Os receios ao redor de uma redução da oferta saudita e russa seguem influenciando o mercado, conforme a queda dos volumes de petróleo enviado pela Arábia Saudita para a China ao longo de julho já evidencia os impactos dos cortes voluntários anunciados até setembro.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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