Na última terça-feira (22), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, sendo cotadas a USD 84,03 bbl (-0,51%) e USD 80,35 bbl (-0,46%).
O petróleo seguiu em queda pela terceira sessão consecutiva, dada a ausência de fundamentos altistas que poderiam reverter o pessimismo de investidores. Assim, fatores macroeconômicos menos positivos na China e na União Europeia, além da percepção de estoques globais em recuperação contribuíram para o desempenho de ontem.
Indicadores econômicos decepcionantes Reforçando o sentimento baixista do mercado, a divulgação do índice de gerente de compras (PMI, sigla em inglês) da União Europeia mostrou que os setores encontram dificuldades em se recuperar na região. Na zona do euro, o PMI composto (serviços e indústria) recuou para 47 pontos na leitura preliminar de agosto, o pior resultado em 33 meses, indicando a contração da atividade econômica na região, mesmo para o setor de serviços. Destaca-se apenas o PMI industrial, que passou de 42,7 em julho para 43,7 em agosto, ficando acima das estimativas do mercado (43 pontos), apesar de ainda sinalizar contração no setor. O Japão também apresentou uma melhora do PMI industrial atingindo 49,7 em agosto, contra os 49,6 em julho – mas o resultado ainda indica que o setor não registrou crescimento no mês ao ficar abaixo de 50 pontos.
API aponta queda dos estoques de petróleo De acordo com o API, as reservas de petróleo nos Estados Unidos recuaram 2,4 milhões de barris na última semana, convergindo com as estimativas do mercado, sendo mais uma semana de queda das reservas. Os estoques de diesel recuaram levemente no último período (-153 mil barris). A gasolina, por sua vez, registrou alta de 1,9 milhão de barris, enquanto o mercado estimava uma queda de 700 mil barris. Caso esse resultado se verifique no relatório divulgado pelo DOE hoje, pode ser considerado um indicativo de desaceleração da “driving season” no país com o fim das férias de verão em agosto e o início da recomposição dos estoques que costuma ocorrer entre esse período e o início das festas de final de ano.
Importações indianas recuam De acordo com dados oficiais, as importações de petróleo na Índia recuaram pelo segundo mês consecutivo em julho. No mês, o indicador ficou em 3,56 milhões de toneladas, ou 26 milhões de barris, valor 4,8% abaixo no comparativo anual. O resultado reflete a queda do consumo de combustíveis no período de monções, com as chuvas limitando a mobilidade. Além disso, a queda da disponibilidade de petróleo saudita e russo com os cortes anunciado em julho também impactaram o resultado do mês. Apesar do resultado negativo em julho, a economia indiana aquecida deve contribuir para que as importações sigam em patamares mais elevados nos próximos meses, podendo contrabalancear a queda do consumo com o aumento dos preços dos combistíveis nas últimas semanas.
Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (23), as cotações abriram a sessão em queda, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 82,45 (-1,48%) até as 09h30. A tendência baixista encontra fôlego com o aumento das exportações de petróleo iraniano, com a queda dos estoques nos Estados Unidos de acordo com o API tendo pouca influência sobre o mercado.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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