Diário de Petróleo

Petróleo registra terceira semana de queda
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 0,49%, apesar de recuperarem parte das perdas na última sexta-feira (25), negociadas a USD 83,95 bbl (+1,34%), enquanto o WTI ficou em USD 79,49 bbl (+0,99%).

A semana foi marcada pelo pessimismo em relação a demanda chinesa diante do pior desempenho econômico do país, limitando a recuperação dos contratos. O petróleo também foi influenciado por fatores macroeconômicos na Europa e nos Estados Unidos, com o aumento da aversão ao risco e a realização de lucros de investidores contribuindo para pressionar as cotações. 
 


Estímulos econômicos na China Apesar da tendência de queda ter marcado o início da semana, o Brent encontrou suporte com as perspectivas de intervenção do governo chinês sobre a economia. A China anunciou medidas para estimular o setor imobiliário no país, especialmente em grandes centros urbanos, um dos fatores que contribuiu fortemente para a desaceleração econômica em 2023 dada a sua importância na economia chinesa. O anúncio foi bem recepcionado pelo mercado em um primeiro momento, mas agentes ainda avaliam a eficácia da medida sobre o setor como um todo. Além dessa política, outras medidas mais voltadas para o mercado de ações e investimentos, similares aquelas instituídas entre 2008 e 2009, também contribuíram para a melhora do ânimo dos agentes. 

Estoques de petróleo em queda nos EUA De acordo com os dados disponibilizados pelo DOE, os estoques comerciais de petróleo nos EUA retraíram 6,13 milhões de barris na semana passada, valor maior do que o apontado pelo API (2,42 milhões) e do estimado pelos agentes do mercado (2,70 milhões). O indicador passou a operar levemente abaixo das médias históricas dos últimos cinco anos para o período, se aproximando do observado em 2022. Apesar da produção romper novas máximas anuais, alcançando 12,8 mbpd – quarto maior valor semanal desde o início da série histórica – a manutenção de exportações aquecidas e uma demanda doméstica operando acima das médias históricas para o período segue pressionando o balanço da commodity no país. Na realidade, o aumento acelerado da oferta nacional e das exportações se mostra, possivelmente, como um reflexo da redução da oferta por parte da Arábia Saudita e Rússia, havendo a necessidade de ampliação do fornecimento por outros players produtores.

Arábia Saudita deve estender corte voluntário De acordo com fontes comerciais, a Arábia Saudita deve estender os cortes voluntários de 1 mbpd para outubro, completando assim quatro meses de redução da oferta. Tal situação ocorre tanto pelas perspectivas menos otimistas ao redor da economia asiática, como também a possibilidade de retomada das exportações – em cerca de 0,45 mbpd – do Iraque para a Turquia, que havia sido interrompida no final de março devido às tensões entre os governos de ambos os países. Esse cenário pode permitir um retorno produtivo na região do Curdistão, adicionando um maior volume de barris ao mercado, o que favorece a manutenção dos cortes voluntários pelos sauditas, que buscam melhores preços no mercado em meio às perspectivas de um balanço mais apertado da commodity ao longo do segundo semestre desse ano.

Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (28), as cotações abriram a sessão em estabilidade, com o contrato do Brent para vencimento em novembro/23 operando em USD 83,78 (-0,10%) até as 09h20. Apesar das perspectivas mais otimistas ao redor da economia chinesa e os receios em relação à passagem da tempestade tropical Idalia na Costa do Golfo, o mercado segue pressionado pela perspectiva de continuidade da política monetária contracionista promovida nos EUA, fator que deve reduzir a demanda por petróleo e derivados no país.
 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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