Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 4,82%, negociadas a USD 88,55 bbl (+1,9%) na última sexta-feira (01), enquanto o WTI ficou em USD 85,55 bbl (+2,3%), registrando uma expressiva alta semanal de 7,17%.
Após semanas em queda, os futuros do petróleo encontraram forte suporte com rumores de extensão dos cortes voluntários da Rússia e Arábia Saudita em outubro. Além disso, uma queda maior do que antecipada dos estoques nos Estados Unidos e notícias de estímulos econômicos na China alimentam o sentimento de um balanço global mais apertado nos próximos meses, levando o óleo bruto para os maiores patamares desde novembro do ano passado.
Estoques de petróleo em queda nos EUA Os Estados Unidos registraram mais uma semana de forte queda dos estoques de petróleo na última semana, o que alimentou a tendência de alta da commodity. De acordo com o DOE, as reservas recuaram 10,6 milhões de barris no período, seguindo abaixo da média sazonal para agosto. A queda ocorreu a despeito de um aumento da produção, que se encontra nas máximas dos últimos cinco anos, e um leve recuo do consumo, refletindo o aumento das exportações que seguem nos maiores níveis para o mês de agosto. Os combustíveis, por sua vez, apresentaram um cenário misto, com a gasolina registrando uma leve queda de 214 mil barris enquanto os estoques de diesel aumentaram 1,2 milhão de barris no mesmo período.
Rússia e Arábia Saudita devem anunciar novos cortes Na semana passada, rumores envolvendo cortes de oferta pela Rússia e Arábia Saudita reverteram o sentimento baixista do mercado, oferecendo fôlego para os contratos do petróleo. Antecipa-se que a Arábia Saudita anuncie um corte produtivo voluntário de 1 mbpd, e que a Rússia também estenda as restrições de exportações em 300 kbpd, ambos para outubro. Tais decisões devem pressionar ainda mais a oferta global, em meio uma recuperação da demanda na Ásia e estoques em patamares abaixo das médias sazonais. Com isso, mercado já precifica os impactos dessas decisões, o que levou o Brent a acumular uma alta de quase 4% em apenas duas sessões, levando-o também para os maiores patamares desde novembro.
Vendas de combustíveis no Brasil De acordo com os dados divulgados pela ANP, as vendas de diesel B alcançaram 5,71 milhões de m³, marcando aumento de 3,36% frente a julho/22 e rompendo as máximas históricas para o período pelo terceiro mês seguido. No acumulado anual, o indicador totaliza 36,92 milhões de m³, alta de 2,5% frente ao ano anterior. Tal cenário evidencia uma demanda aquecida pelo combustível, guiado principalmente pela situação das safras de soja e milho, com ambas quebrando novos recordes da série histórica. O início de um terceiro trimestre positivo indica que o consumo do derivado deve se manter em alta nos próximos meses, que sazonalmente se apresentam como o período de expansão da demanda por diesel no país.
Petróleo amanhece em estabilidade Hoje pela manhã (04), as cotações abriram a sessão em estabilidade, com o contrato do Brent para vencimento em novembro/23 operando em USD 88,56 (+0,01%) até as 09h20. Apesar das perspectivas em relação aos novos cortes promovidos pela Arábia Saudita e Rússia, os preços seguem pressionados pelos receios sobre a situação da economia global, conforme o mercado aguarda uma desaceleração do crescimento em regiões chaves, como EUA, Europa e Ásia.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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