Na última segunda-feira (16), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 89,65 bbl (-1,36%) e a referência norte-americana a USD 86,66 bbl (-1,17%).
A semana iniciou em queda, com os futuros revertendo parte dos ganhos da sexta-feira (13) com a possibilidade de alívio das sanções sobre o petróleo venezuelano pressionando as cotações. Para além desse fator, o mercado do óleo bruto segue acompanhando a evolução dos conflitos em Gaza, a fim de avaliar como esse cenário pode afetar os fluxos globais da commodity. Assim, o petróleo opera em estabilidade nessa manhã, com a notícia de que o presidente norte-americano Joe Biden irá ao Oriente Médio essa semana.
EUA podem aliviar sanções contra Venezuela Um dos fatores de pressão aos preços ao longo da sessão de ontem se deu na possibilidade de os EUA reduzir as sanções contra o petróleo venezuelano. De acordo com o Washington Post, oficiais do governo americano afirmaram que os dois países vêm promovendo novas conversas acerca do aliviamento das sanções contra o petróleo exportado pela Venezuela, tendo como contrapartida a efetivação do acordo entre o governo Maduro e a oposição venezuelana confirmando o monitoramento de agentes internacionais sobre as eleições presidenciais do país para 2024. Ainda de acordo com o jornal estadunidense, a assinatura desse acordo entre as partes seria feita hoje, em Barbados. É importante frisar, no entanto, que além das incertezas sobre uma redução real das sanções, há também a questão sobre a dificuldade da Venezuela ampliar de forma expressiva a sua produção no curto prazo, conforme os anos em que as sanções foram impostas promoveram um cenário de subinvestimento no setor extrativista. Ainda assim, conforme dados disponibilizados pela OPEP, o país da América do Sul produziu, no terceiro trimestre de 2023, 752 kbpd, marcando um aumento de 8% frente ao observado no primeiro trimestre do ano, fator que deve ser monitorado pelos agentes financeiros nos próximos dias.
Produção norte-americana deve recuar em novembro De acordo com a EIA, a produção de óleo xisto deve recuar pelo terceiro mês consecutivo nos Estados Unidos em novembro, atingindo os menores valores desde maio. A expectativa é de que a produção caia de 9,6 mbpd em outubro para 9,55 mbpd no mês seguinte, refletindo a queda da oferta na base de Permina Basin, o maior campo produtivo de óleo xisto nos Estados Unidos. A queda da produção também deve se estender para o mercado de gás natural, de acordo com previsões da agência. Em geral, esse resultado ocorre em um momento de maior aperto do balanço global de petróleo, com as restrições de oferta da Arábia Saudita e Rússia limitando a disponibilidade do produto no mercado. Apesar da queda da produção de xisto ser pequena no comparativo mensal, o número deve chamar atenção do mercado por indicar uma tendência no mercado norte-americano.
Exportações de diesel recuam na Rússia Fontes apontam que as exportações de diesel russo recuaram quase 20% nos primeiros quinze dias de outubro em relação ao mesmo período no mês anterior. Estima-se que o valor chegou a 1,1 milhão de toneladas, com esse movimento também refletindo a menor capacidade produtiva do combustível no mês de outubro – que deve ficar em 4 milhões de toneladas (22% abaixo dos níveis de setembro) - devido manutenções programadas. Em geral, esse número pode refletir na queda das exportações para o Brasil no próximo mês, considerando que o país se tornou o segundo maior importador de diesel russo, ficando atrás apenas da Turquia.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã as cotações abriram a sessão em leve alta, com o contrato do Brent para vencimento em dezembro/23 operando em USD 89,93 (+0,29%) até as 09h20. Mercado recupera parte das perdas da sessão de segunda-feira e reagem a notícia de que o presidente Joe Biden deverá visitar Israel para acompanhar o conflito em Gaza.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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