Na última quinta-feira (19), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 92,38 bbl (+0,96%) e a referência norte-americana a USD 89,37 bbl (+1,19%).
Após iniciar a sessão em baixa, com o anúncio de alívio temporário das sanções contra o petróleo venezuelano, o petróleo voltou a operar em alta. A perspectiva de que o aumento da produção na Venezuela não deverá ser tão expressivo pelos próximos seis meses permitiu a recuperação dos preços, apoiado também pela escalada das tensões na faixa de Gaza. Assim, em uma semana volátil e com incertezas geopolíticas, os futuros do Brent registram uma alta de 7,4% e se acomodam acima de USD 90 bbl novamente. No Brasil, a Petrobras anunciou reajustes nos preços dos combustíveis para as distribuidoras, após dois meses sem intervenções.
Reajuste da Petrobras Na noite de ontem, a Petrobras anunciou novos reajustes nos preços de combustíveis ofertado pela empresa às distribuidoras. Para o diesel A, haverá um aumento de R$ 0,25/L (+6,58%), com o preço médio indo para R$ 4,05/L, ao passo que para a gasolina A houve uma redução das precificações em R$ 0,12/L (4,10%), alcançando R$ 2,81/L. Conforme comunicado pela empresa, a alteração dos indicadores refletiu tanto os fundamentos de mercado doméstico e externo, como também a busca da companhia por uma maior competitividade dos seus produtos. Nos cálculos da StoneX, a defasagem da Petrobras para PPI Golfo em relação ao diesel era acima de R$ 0,40/L, ao passo que para a gasolina a diferença era de R$ -0,10/L. No caso do último, o mercado observou uma forte redução da competitividade frente ao etanol hidratado em importantes estados consumidores, como São Paulo e Minas Gerais, conforme a paridade entre gasolina comum e etanol hidratado passou a operar próximo dos 60%, trazendo um incentivo de aumento do consumo do biocombustível.
Estimativa de diesel Brasil Hoje pela manhã, a StoneX publicou as suas estimativas para a demanda de diesel B e biodiesel para 2024. De acordo com as projeções, o consumo de diesel B deve registrar um crescimento anual em 2,13%, atingindo 66,5 milhões de m³, de modo a superar, pelo segundo ano seguido, as máximas históricas do indicador. Para saber mais sobre o estudo, clique aqui.
Recomposição dos estoques nos EUA Um dos pontos importantes para o mercado de petróleo ao longo de 2023 são os estoques de petróleo nos EUA. As reservas do país se encontram nas mínimas dos últimos 38 anos, refletindo o recuo dos estoques comerciais, mas especialmente das reservas estratégicas. Assim, ontem, o Departamento de Energia dos EUA anunciou a intenção de adquirir 6 milhões de barris até janeiro, na expectativa de adquirir esse volume por até USD 79 bbl, e que devem somar aos 4,8 milhões de barris já recuperados pelo departamento. Ao longo de 2022, o governo se desfez de 180 milhões de barris a fim de controlar a escalada dos preços do petróleo, o movimento, apesar de ter contribuído para limitar esse aumento das cotações, deixou o país mais vulnerável à possíveis choques de oferta. Em um contexto de conflito no Oriente Médio, a questão ganha ainda mais destaque, apesar das tensões ainda não representarem uma ameaça para os fluxos globais de petróleo por não envolver diretamente países produtores. No entanto, o processo de recomposição ainda deve se estender por um longo período, e os preços mais elevados das referências também prejudica o processo de compra.
Reservas de petróleo nos Estados Unidos (comerciais + estratégica) – milhões de barris
Fonte: EIA. Elaboração: StoneX.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (20) as cotações abriram a sessão em queda, com o contrato do Brent para vencimento em dezembro/23 operando em USD 93,39 (+1,07%) até as 09h20. O mercado segue aguardando novos drivers do mercado – principalmente em relação ao conflito no Oriente Médio – que permitam uma melhor compreensão sobre a situação da oferta global da commodity.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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