Diário de Petróleo

Petróleo inicia semana em queda
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última segunda-feira (23), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 89,83 bbl (-2,53%) e a referência norte-americana a USD 85,49 bbl (-3,67%). 

O petróleo estendeu a tendência de queda da sexta-feira (20), levando as referências a ceder os ganhos dos últimos períodos. Os avanços da diplomacia internacional sobre o conflito entre Israel e Hamas influenciaram esse movimento, com investidores menos temerosos sobre um possível alastramento da guerra pelo Oriente Médio, por hora. Hoje pela manhã, as referências acumulam leve alta, com o Brent voltando a operar acima de USD 90 bbl.


Tensões em Gaza Ao longo do final de semana, ajuda humanitária começou a chegar na faixa de Gaza pelo Egito, e, ontem, o Hamas voltou a liberar mais reféns israelenses detidos pelo grupo desde os primeiros ataques à Israel, em 7 de outubro. Tais avanços refletem os esforços da diplomacia internacional em tentar impedir uma escalada do conflito, inclusive ao postergar uma possível invasão israelense em Gaza, sinalizada por Tel Aviv na última semana. Com isso, os ânimos de investidores do mercado de petróleo voltaram a ficar menos exaltados, dada a menor possibilidade de alastramento do conflito na região, que abriga importantes produtores do óleo bruto, permitindo a forte queda das referências observadas ontem. Vale ressaltar, no entanto, que o conflito em Gaza ainda é um tema sensível para o mercado de petróleo e que provoca grande volatilidade, apesar de ainda ser um movimento mais especulativo por não envolver fundamentos de oferta e demanda de óleo bruto, assim, quaisquer notícias da região ainda tem potencial de reverter tendências de preços e causar variações mais altas.  

Desempenho da União Europeia Dados preliminares sinalizam que a economia europeia contraiu ao longo de outubro. Estima-se que o PMI Composto da Zona do Euro ficou em 46,5 pontos no mês, um recuo em relação aos 47,2 pontos observados em setembro. Trata-se também do pior resultado da região em quase três anos (nov/20), e, desconsiderando os resultados da pandemia, atinge a pior marca desde mar/13. As políticas contracionistas do Banco Central Europeu ao longo de 2023 contribuem para enfraquecer a economia da região, com as taxas de juros chegando a 4% a.a na última decisão do BC – o maior valor desde o lançamento do euro. Em geral, a notícia é negativa para o petróleo e derivados, uma vez que um pior desempenho da economia tende a impactar a demanda por combustíveis. 

Vendas parciais de combustíveis No Brasil, a ANP liberou dados parciais da venda de combustíveis ao longo de setembro. De acordo com a agência, o consumo de diesel segue aquecido no país, atingindo 5,74 milhões de m³ no mês em questão, um aumento de quase 4,6% em relação a set/22. O volume dá sequência para os resultados positivos observados desde o início do ano, levando o acumulado entre jan-set a crescer 3,21% no comparativo com 2022, encaminhando-se para um novo recorde de consumo ao longo do ano. No caso da gasolina, o resultado é menos positivo, com as vendas em setembro limitadas a 3,67 milhões de m³, uma queda de 3,48% em relação ao mesmo período no ano passado. Esse número reflete, principalmente, a menor competitividade do fóssil frente o etanol hidratado, com a paridade se mantendo abaixo de 70% nas principais praças consumidoras nas últimas semanas. Apesar do pior desempenho da gasolina, o resultado anual ainda é positivo, com o acumulado jan-set representando um avanço de 15% em relação ao acumulado de 2022. 

Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (24) as cotações abriram a sessão em alta, com o contrato do Brent para vencimento em dezembro/23 operando em USD 90,09 (+0,26%) até as 09h0. O mercado ainda é influenciado pelo conflito no Oriente Médio, recuperando parte das perdas após a forte queda observada ontem. No entanto, a ausência de novos fundamentos para o mercado não oferece um direcionamento mais claro para os preços no momento.
 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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