Na última quarta-feira (25), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 90,13 bbl (+2,34%) e a referência norte-americana a USD 85,39 bbl (+1,97%).
Após recuar quase 6% no início da semana, os futuros do petróleo reverteram parte das perdas na sessão de ontem, influenciados por fatores geopolíticos envolvendo o Oriente Médio. Além disso, o posicionamento do presidente chinês também movimentou o mercado, com o país aumentando o limite da dívida pública, o que pode refletir em estímulos econômicos. O mercado, por sua vez, segue bastante volátil e sem um direcionamento específico, o que leva os contratos a operarem em queda no início da manhã.
Declarações de Israel oferecem suporte O petróleo operou em estabilidade pela maior parte da sessão ontem, mas o mercado sustentou a tendência de alta com a perspectiva de escalada das tensões entre Isreal e Hamas. Ontem, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu declarações sinalizando que uma invasão em Gaza estava sendo preparada, com Israel “lutando pela sua própria existência”. As falas ocorreram dias após avanços diplomáticos na região, com ajuda humanitária chegando em Gaza e o Hamas liberando alguns dos reféns detidos pelo grupo. O veto sobre as propostas russa e norte-americana no Conselho de Segurança da ONU também indicam um impasse acerca do conflito. Assim, esses eventos contribuíram para aumentar o prêmio de risco sobre o petróleo ao longo da quarta-feira. No entanto, uma matéria do Wall Street Journal indicou que a invasão de Israel em Gaza foi adiada para permitir que os Estados Unidos implantassem sistemas de defesa aérea na região. Isso, por sua vez, contribuiu para reverter a alta de ontem, levando o petróleo a recuar nessa quinta-feira.
DOE registra alta dos estoques de petróleo Ontem, seguindo caminho contrário ao apontado pelo API, o DOE registrou mais uma alta semanal dos estoques de petróleo em 1,37 milhão de barris, com as reservas comerciais passando a se posicionar em 421 milhões de barris. Pela terceira semana seguida, a produção americana segue nas máximas históricas, em 13,2 mbpd, ao passo que a demanda doméstica se aproxima das médias observadas em anos anteriores. As exportações seguem também em patamares elevados (4,83 mbpd), com os volumes se mantendo direcionados para Europa e Ásia. Apesar da expansão dos estoques, o indicador segue abaixo das mínimas históricas dos últimos cinco anos. Tal cenário se dá porque, diferente de outros anos, os estoques não mostram até o momento uma tendência clara de reconstrução ao longo do outono americano, marcado por manutenções programadas em algumas refinarias do país.
Alteração sobre ICMS da gasolina Hoje pela manhã, a Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) alterou o Convênio ICMS nº 15, estabelecendo que as alíquotas do ICMS ficarão fixadas em R$ 1,3721/L para todos os estados, com vigência a partir de fevereiro/24. Nesse sentido, a decisão trará um aumento de R$ 0,1521/L da alíquota atual, iniciada em junho/23, quando a Confaz decidiu por fixar um valor do ICMS igual para todas as unidades federativas do país, que até então determinavam a alíquota de maneira individual e proporcional ao valor final do combustível nas bombas.
Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (26) as cotações abriram a sessão em queda, com o contrato do Brent para vencimento em dezembro/23 operando em USD 88,27 (-2%) até as 09h10. Além do adiamento da invasão de Israel à Gaza, outro fator que pressiona os preços é a fala da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, a qual afirmou que a “luta” contra a inflação ainda não acabou, sinalizando que o BCE deverá manter uma política fiscal mais contracionista a fim de levar a taxa de inflação para 2% a.a na Zona do Euro.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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