Na última quinta-feira (26), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 87,93 bbl (-2,44%) e a referência norte-americana a USD 83,21 bbl (-2,55%).
Após sessões voláteis, os futuros do petróleo devem acumular queda semanal pela primeira vez desde o início de outubro. O prêmio de risco sobre o óleo bruto, suportado pelo conflito entre Israel e Hamas, cedeu nos últimos períodos, conforme mercado precificou uma guerra não envolvendo diretamente outros players do Oriente Médio relevantes para o mercado de petróleo. No entanto, o conflito ainda é um importante driver dos preços da commodity e pode seguir levando o mercado a maiores variações nos próximos períodos, como já se observa nessa sexta-feira.
Petrobras aumenta produção de petróleo A Petrobras divulgou ontem que sua produção de petróleo aumentou 9,6% ao longo do terceiro trimestre em comparação com o mesmo período no ano passado. O volume extraído entre jul-set atingiu quase 2,32 mbpd, com a produção de gás natural também acompanhando esse resultado (+8,8%, ou 2,87 milhões de barris de petróleo equivalente). O resultado da companhia no 3T reforça a tendência do aumento da produção brasileira ao longo de 2023, com o país acompanhando os Estados Unidos entre os players que mais expandiram a oferta no ano. O Brasil conta com uma elevada produção de óleo bruto, e, apesar de ser considerando um player secundário, esse aumento da oferta permite um melhor posicionamento do país no mercado internacional ao aumentar e excedente exportável.
Lineup de importações brasileiras De acordo com o lineup de combustíveis, o Brasil deverá importar grande volume de diesel e gasolina no mês de outubro. A última atualização do relatório sinaliza que as importações de diesel cheguem a 1,151 milhão de m³ no mês, valor levemente abaixo dos níveis de setembro, mas acima do volume registrado pelo MDIC em out/22 (1,474 milhão de m³). O cenário da gasolina é menos expressivo, com o lineup indicando um volume de 558 mil m³ em outubro – o valor é acima dos níveis de setembro, sendo também o maior em quatro meses, mas estaria bem abaixo daquele registrado em out/22, quando as importações totalizaram 758 mil barris.
Indefinições do conflito impactam mercado Nas últimas semanas, indefinições do conflito em Gaza trouxeram grande instabilidade no mercado de petróleo, provocando variações intradiárias expressivas apesar da guerra ainda não ter afetado diretamente os fundamentos do óleo bruto. Hoje pela manhã, essa falta de clareza e a intercepção dos Estados Unidos de uma ofensiva iraniana na Síria alimentam a alta dos futuros da commodity. Nesse contexto, o Brent voltou a operar acima de USD 90 bbl, e, apesar de já ter cedido parte desses ganhos, indica que quaisquer notícias do Oriente Médio têm potencial para desequilibrar as tendências de preços, com fundamentos mais específicos para o mercado, como desaceleração na Europa, ou estímulos econômicos na China pouco influenciando as cotações – como ocorreu ao longo dessa semana.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (27) as cotações abriram a sessão em alta, com o contrato do Brent para vencimento em dezembro/23 operando em USD 89,58 (+1,88%) até as 09h30. O petróleo é influenciado pelo conflito no Oriente Médio, com agentes temendo que o maior envolvimento dos Estados Unidos e do Irã levem a uma escalada da guerra na região.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.