Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 1%, negociadas a USD 80,61 bbl na última sexta-feira (17) enquanto o WTI ficou em USD 75,89 bbl, registrando uma redução semanal de 1,66%.
Tratou-se de uma semana volátil, com movimentos especulativos contribuindo para levar o petróleo aos menores níveis em quatro meses. Na sexta-feira (17), houve uma forte recuperação baseado em correções das posições dos agentes, mas não impediu que a commodity encerrasse a semana em queda pelo quarto período consecutivo. Em geral, a deterioração das expectativas em relação a demanda seguiu influenciando a precificação dos futuros, mas rumores de que a OPEP pode realizar um novo corte das cotas de produção oferece fôlego para os contratos nessa segunda-feira (20).
Movimento especulativo Apesar de iniciar a semana em alta, o petróleo reverteu esses ganhos na quinta-feira (16) ao recuar quase 5% em apenas uma sessão. O resultado estendeu a tendência de queda que se verifica desde outubro, muito relacionada a receios com a demanda global por petróleo e derivados, mas ganhou forma a partir da ação de traders, com um volume mais forte de vendas em meio a tentativa de diminuir perdas, levando o Brent para o menor patamar desde julho em um movimento que se reforçou ao longo do dia. Essa queda expressiva, e pouco apoiada em fundamentos do mercado físico, no entanto, permitiu correções dos preços ainda na sexta-feira (17), com o Brent acumulando uma alta intra diária de quase 4,2%.
DOE registra aumento das reservas nos EUA De acordo com o relatório DOE, nas últimas duas semanas, os estoques comerciais de petróleo registraram alta acumulada de 17,5 milhões de barris, totalizando 439,4 milhões de barris. O crescimento expressivo do indicador foi reflexo da manutenção da produção doméstica recorde da commodity, como também uma demanda levemente desaquecida pelas refinarias do país, com o fator de utilização das refinarias se mantendo abaixo das médias históricas dos últimos cinco anos. Os derivados, seguindo caminho contrário ao do petróleo, registraram queda das reservas. Na última quinzena, os estoques comerciais de gasolina caíram 7,8 milhões de barris, enquanto os de diesel marcaram redução acumulada de 4,7 milhões de barris. Em geral, os dados represados do DOE levaram a uma queda dos preços, uma vez que se confirmou o movimento apontado pelo API na semana anterior, sendo o maior aumento semanal das reservas (quase 12 milhões de barris) em quase seis meses.
Rumores de cortes da OPEP Apesar dos movimentos especulativos na semana passada, o petróleo opera em alta nessa segunda-feira apoiado por rumores de novos cortes produtivos da OPEP. O grupo deve se reunir no próximo final de semana, após o petróleo recuar quase 20% desde o último encontro da OPEP em setembro e se afastar da marca de USD 100 bbl. Alguns membros do grupo sinalizam que essa queda está relacionada a fatores especulativos, e afirmam que o mercado físico estaria aquecido, com o Iraque indicando semana passada que estaria aberto a realizar cortes produtivos. Caso se verifique novas restrições sobre a oferta global que podem ter um impacto sobre o balanço em 2024, os preços do petróleo podem encontrar suporte no curto prazo, aliviando a tendência baixista dos últimos meses.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (20), as cotações operam em alta, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 81,87 bbl (+1,25%) até as 09h15. Investidores reagem a possíveis cortes produtivos da OPEP a serem definidos na próxima reunião do grupo, além de ainda corrigirem posições após a forte queda da última quinta-feira (16) e precificarem o aumentos das sanções dos EUA sobre o petróleo russo – com o país sancionando empresas marítimas que comercializavam o óleo russo acima do price-cap.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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