Na última quinta-feira (23), as cotações de futuros do Brent encerraram as negociações em queda, sendo cotados a USD 81,42 bbl (-0,66%). Devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, não houve negociações do WTI.
O petróleo estendeu o resultado da sessão anterior, acumulando leve queda por influência do adiamento do encontro ministerial da OPEP. Apesar desse movimento, o Brent ainda deve acumular uma alta na semana, afastando-se dos valores verificados na quinta-feira passada, quando os contratos atingiram os menores valores em quatro meses. No entanto, o mercado aguarda novos fundamentos e a decisão da OPEP+ sobre suas cotas produtivas para maiores direcionamentos dos preços nas próximas sessões.
Mercado segue incerto sobre OPEP As incertezas sobre a decisão da OPEP+ para a próxima terça-feira (30) seguem rondando o mercado. Tal situação ocorre em meio a insatisfação de alguns países africanos – em especial, Nigéria, Angola, Guinea Equatorial e Congo – sobre a política produtiva do grupo, visto que, conforme decisão feita em junho, esses seriam os países que teriam suas cotas produtivas rebaixadas para 2024, ao passo que Arábia Saudita, EAU e Iraque receberiam os maiores aumentos dos limites produtivos. Nesse sentido, os países integrantes do grupo seguem tentando buscar soluções para a política produtivo do próximo ano, em meio as perspectivas de que a decisão seja de uma redução mais agressiva das cotas totais da OPEP+.
Fonte: OPEP. Elaboração: StoneX.
Barris russos reduzem spread com referências globais Nessa semana, o diferencial entre os barris tipo Urals entregues por Primorsk registraram um desconto próximo a USD 15 bbl em relação ao Dated Brent, sendo o menor valor desde o início de agosto. De acordo com fontes comerciais, o motivo por trás dessa redução dos diferenciais – para além da queda das cotações no mercado internacional – se dá pelo aumento dos custos de fretes na rota entre o Mar Báltico e Índia, em meio a baixa disponibilidade de navios tanqueiros na região. Somado a isso, a aplicação efetiva das sanções americanas a algumas empresas que transportavam o petróleo russo acima do price cap foi outro fator que limitou o número de navios atuando pelo Mar Báltico, impactando ainda mais os custos relacionados aos fretes.
Petrobras anuncia novo plano estratégico O novo plano estratégico da Petrobras indica que a estatal deve investir cerca de 102 bilhões de dólares no período entre 2024 e 2028, o que representa um aumento de 31% em relação ao montante anunciado no plano anterior (78 bilhões de dólares), sendo também o maior da companhia desde 2015. Cerca de 72% do montante anunciado deve ser revertido em investimentos em extração e exploração, visando elevar a produção para 3,2 barris de óleo equivalente ao dia (boed) até 2028. Ademais, o aumento do CAPEX foi justificado pelas aquisições potenciais, ativos que voltaram para a carteira da companhia e a inflação de custos. Outro destaque é o aumento do investimento em projetos de baixo carbono, que devem receber até UDS 11,5 bilhões – o dobro da provisão do plano estratégico anterior – e devem englobar a geração por energias limpas, aumento do biorefino, captura de carbono e hidrogênio.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (24), as cotações operam em alta, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 81,75 bbl (+0,41%) até as 09h10. Mercado continua sem novos direcionamentos dos preços, o que contribui para essa recuperação menos expressiva dos preços ao longo da sexta-feira, conforme indefinições em relação as cotas produtivas da OPEP levam a forças mistas sobre as cotações.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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