Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam leva queda de 0,04%, negociadas a USD 80,58 bbl na última sexta-feira (24) enquanto o WTI acumulou alta semanal de 3,62%, negociado em USD 75,54 bbl.
A semana foi marcada pelas notícias envolvendo a reunião ministerial da OPEP+, conforme o sentimento altista apoiado por rumores de novos cortes produtivos do grupo cedeu diante o adiamento do encontro para essa quinta-feira (30), limitando a recuperação dos contratos do petróleo. Ademais, as últimas sessões registraram menor volatilidade, considerando que o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos limitou as operações no país. Nessa manhã, os futuros estendem o resultado da sexta-feira (24), pressionados por resultados macroeconômicos menos positivos e receios de uma demanda global enfraquecida.
Divergências na OPEP+ Após rumores de cortes produtivos da OPEP+ apoiarem as cotações do petróleo, a decisão do adiamento da reunião ministerial do grupo do dia 26 para dia 30 de novembro levou a grande volatilidade no mercado, revertendo praticamente todos os ganhos acumulados no início da semana. Fontes apontam que divergências entre os integrantes motivaram esse adiamento, especialmente a insatisfação de alguns países africanos sobre a política produtiva do grupo, visto que esses seriam os países que teriam suas cotas produtivas rebaixadas para 2024, ao passo que Arábia Saudita, EAU e Iraque receberiam os maiores aumentos dos limites de produção. Ainda na sexta-feira, outras fontes afirmaram que as partes avançaram em direção a um acordo, concedendo maiores cotas para países africanos, especialmente Nigéria e Angola.
Reestocagem nos Estados Unidos O relatório DOE registrou mais um aumento das reservas de petróleo, sendo a quinta semana consecutiva de alta. Desde outubro, as reservas expandiram 28,3 milhões de barris, atingindo o maior nível desde julho, impulsionadas pela produção doméstica aquecida (13,2 mbpd) e importações próximas à média sazonal. Esse movimento, no entanto, ocorre a despeito da recuperação do consumo interno – apesar de estar em um nível ainda abaixo dos valores registrados até setembro – e pelas exportações acima das máximas dos últimos cinco anos. Os estoques de derivados, por sua vez, se movimentaram em direções contrárias, com a gasolina marcando um aumento de 750 mil barris e o diesel registrando queda em 1,02 milhão de barris.
PMI nos Estados Unidos O PMI composto nos Estados Unidos ficou em 50,7 pontos na leitura preliminar de novembro, mantendo o nível registrado em outubro. O PMI de serviços ficou em 50,8 pontos, acima das projeções dos analistas, enquanto o indicador industrial atingiu o menor nível em três meses, em 50,3 pontos. Entende-se que a queda mais forte da indústria se deu pelo recuo dos preços de energéticos, especialmente petróleo, mas que as vendas do setor seguem em expansão. A S&P Global, que divulgou o número, afirma que o resultado de novembro é condizente com a meta de inflação dos preços defendida pelo Fed em 2% a.a.
Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (27), as cotações operam em queda, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 79,62 bbl (-1,18%) até as 09h20. Receios em relação a demanda global menos aquecida em meio aumento da oferta contribuem para pressionar o petróleo, especialmente com as perspectivas de um balanço global superavitário ao longo do 1T2024.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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