Na última terça-feira (05), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 77,2 bbl (-1,06%) e a referência norte-americana a USD 72,32 bbl (-0,99%).
Pela quarta sessão consecutiva os futuros do petróleo encerraram o dia em queda, levando o Brent para os menores níveis desde julho, negociado abaixo de USD 78 bbl. A deterioração das perspectivas de demanda na China e as dúvidas envolvendo os cortes produtivos da OPEP+ continuaram pressionando os contratos, com o óleo bruto encontrando poucos fundamentos para reverter a tendência baixista, mesmo com representantes russos e sauditas afirmando que as restrições de oferta anunciadas pelo grupo podem se estender para além do primeiro trimestre de 2024.
API aponta alta dos estoques De acordo com o Instituto Americano de Petróleo (API, sigla em inglês), as reservas de petróleo nos Estados Unidos seguiram em alta na semana passada, expandindo 594 mil barris e contrariando as estimativas do mercado, as quais apontavam uma contração de 636 mil barris. Destaca-se, especialmente, o aumento de 4,2 milhões de barris nas reservas em Cushing, Oklahoma, com os níveis conseguindo se recuperar consistentemente nas últimas semanas após os estoques ficarem próximos das mínimas dos últimos cinco anos. Ademais, tanto a gasolina quanto o diesel também registraram alta das reservas na semana passada na ordem de 2,83 e 1,9 milhões de barris, respectivamente, dando sequência ao movimento que prevalece desde novembro.
Arábia Saudita revisa preços para Ásia Ontem, a Saudi Aramco anunciou uma redução dos preços dos contratos do Arab Light para a Ásia pela primeira vez após sete meses, ficando em USD 3,5 bbl acima da referência de Dubai/Omã. O contrato se refere ao mês de janeiro, mas alguns agentes do mercado acreditam que essa redução dos preços pode não ser suficiente para estimular os compradores asiáticos, conforme traders da região buscam cargas mais baratas, com a Índia mais voltada para o petróleo russo e venezuelano, e China diminuindo suas compras. O aumento das exportações de petróleo de países que não pertencem a OPEP, especialmente os Estados Unidos, vem contribuindo para aumentar a competição no mercado asiático e impactar o market-share da Arábia Saudita, especialmente com as reduções da oferta a partir dos cortes voluntários.
Aumento das exportações dos Estados Unidos Empresas de rastreamento de tankers apontam que as exportações norte-americanas de petróleo alcançaram quase 6 mbpd na semana passada, um recorde para o país. O aumento das exportações reflete uma demanda doméstica menos aquecida enquanto se registra uma produção elevada, acima de 13 mbpd de acordo com o DOE, com empresas do país aproveitando para escoar a produção no mercado asiático e europeu a fim de limitar o crescimento dos estoques. Agentes do mercado apontam que esse movimento dos Estados Unidos vem impactando os preços físicos nessas regiões, o que ajuda a compensar os efeitos da redução da oferta de países da OPEP+.
Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (06), as cotações operam em queda, com o contrato do Brent para vencimento em fevereiro/24 operando em USD 76,44 bbl (-0,98%) até as 08h50. A ausência e fundamentos altistas contribui para a queda dos futuros, conforme mercado segue precificando uma menor demanda global e aumento da oferta a partir do crescimento das exportações dos Estados Unidos.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.