Diário de Petróleo

Petróleo opera nos menores níveis em seis meses
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última terça-feira (12), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 73,24 bbl (-3,67%) e a referência norte-americana a USD 68,61 bbl (-3,8%).

Após duas sessões em alta, os futuros do petróleo voltaram a recuar em meio preocupações com a inflação norte-americana. Com o resultado de ontem, o contrato mais ativo do Brent opera nos menores patamares desde junho, encontrando ainda poucos pontos de suporte para uma recuperação mais expressiva dos preços. Hoje pela manhã os futuros da commodity operam em estabilidade, conforme agentes se reposicionam após as fortes variações da terça-feira e aguardam as decisões da reunião do Fed que também ocorre hoje, a fim de entender o posicionamento do Banco Central em meio aos novos dados de inflação no país. 


CPI opera em alta nos EUA De acordo com os dados divulgados pelo Departamento de Trabalho dos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI, sigla em inglês) registrou alta mensal de 0,1%, totalizando um avanço anual acumulado de 3,1% - ao passo que o mercado esperava uma estabilidade do indicador. Apesar da diferença pequena frente as expectativas, o dado que surpreendeu foi o núcleo da inflação, que registrou crescimento mensal de 0,3% e anual de 4%, trazendo perspectivas menos otimistas em relação a um encurtamento da política monetária contracionista, com as apostas indo de um início da queda da taxa de juros a partir de março/24 para maio/24. Essa expectativa desse maior distanciamento sobre o início do ciclo de queda da taxa de juros americana acabou pressionando de forma expressiva as cotações, em meio as perspectivas de diminuição das atividades econômicas no país, principalmente na frente industrial.

DOE espera balanço mais apertado Um fator que impediu maiores quedas nas cotações se deu na divulgação do Relatório de Perspectivas de Curto Prazo do DOE. De acordo com o relatório, é esperado pelo departamento um maior suporte aos preços ao longo dos próximos meses, principalmente no primeiro trimestre de 2024, em meio a uma previsão de queda dos estoques globais de petróleo resultante dos cortes voluntários anunciados pela OPEP+. Conforme apontado pelo DOE, a decisão da OPEP+ permitiu uma diminuição em 0,6 p.p. sobre as estimativas da produção global para o 1T24, indo de 102,20 mbpd para 101,85 mbpd e garantindo assim a deterioração dos estoques ao redor do mundo. Apesar dessa perspectiva de um mercado mais apertado pelo DOE, o mercado segue esperando que os cortes voluntários da OPEP+ não sejam plenamente cumpridos, principalmente pelos países membros que possuem uma produção menos expressiva – fator que, inclusive, impediu maiores suportes pela divulgação do relatório do DOE.

Resumo das estimativas STEO – mbpd 
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Fonte: DOE. Elaboração: StoneX.

API aponta queda dos estoques de petróleo Em sua última atualização, o API aponta uma queda dos estoques de óleo bruto de quase 2,3 milhões de barris na semana passada, o que estende a tendência de deterioração das reservas da semana anterior. Com esse resultado, os estoques de petróleo voltariam operar abaixo das médias sazonais, indicando uma recuperação da demanda doméstica em meio a manutenção de exportações elevadas. No caso dos combustíveis, o API registrou mais uma semana de recuperação das reservas, com a gasolina expandindo quase 5,76 milhões de barris enquanto o diesel em 0,27 milhões de barris mesmo em meio a uma queda da FUT das refinarias (-2,5%).

Petróleo amanhece em estabilidade Hoje pela manhã (13), as cotações operam em estabilidade, com o contrato do Brent para vencimento em fevereiro/24 operando em USD 73,2 bbl (-0,08%) até as 08h50. Investidores aguardam a decisão do Fed sobre a trajetória de juros nos Estados Unidos, além da divulgação do relatório mensal da OPEP+, para maiores direcionamentos dos preços. 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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