Diário de Petróleo

Fatores macroeconômicos suportam petróleo
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última quinta-feira (25), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 82,43 bbl (+2,99%) e a referência norte-americana a USD 77,36 bbl (+3,02%).

Os contratos do Brent atingiram os maiores valores em quase dois meses, apoiados pelos resultados positivos da economia norte-americana no quarto trimestre de 2023. Além disso, mercado ainda repercutiu as medidas de estímulo do Banco Central chinês e a queda não antecipada das reservas de petróleo nos Estados Unidos. Assim, mesmo com a leve queda observada no início dessa sexta-feira (26), os futuros do petróleo devem encerrar a semana em alta.  


Economia americana aquecida De acordo com os dados divulgados pelo BEA, a primeira prévia do PIB americano no quarto trimestre de 2023 mostrou um crescimento de 3,3%, volume bem maior do que o esperado pelo mercado, de 2,0%. Apesar de, inicialmente, o cenário poder encorajar a manutenção das taxas de juros por um período mais extenso, foi constatado pelo BEA também que os indicadores de preços ao longo do quarto trimestre operaram abaixo do esperado pelo mercado, com um crescimento de 1,5%, frente as projeções de 2,3%. O cenário de crescimento econômico resiliente por parte dos EUA somado a um controle mais efetivo dos preços entregou suporte aos preços do petróleo e derivados, conforme o crescimento das perspectivas de uma melhoria na demanda por energéticos no país ao longo dos próximos meses. 

China pede pelo fim dos ataques no Mar Vermelho O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, pronunciou sobre os ataques no Mar Vermelho, afirmando que o país está preocupado com a escalada de tensões na região. Essa declaração ocorreu após rumores de que a China tivesse pedido a intervenção do Irã para limitar as ações dos Houthis na região, com riscos de estremecer a relação entre os países caso Tehran não colaborasse. Em geral, Pequim procurou se distanciar da crise na região, chegando a criticar a ação dos Estados Unidos e Reino Unido ao afirmar que o conflito era reflexo da situação em Gaza, mas o crescimento dos custos de frete e de seguros começa a impactar mais o mercado asiático, e pode influenciar um posicionamento mais ativo da China nos próximos períodos após quase dois meses desde o início dos ataques.

Ataques ucranianos na Rússia Outro fator de suporte para os preços foi o ataque de forças ucranianas contra refinarias e outras unidades de processamento de energéticos na Rússia, visando minar as exportações desses produtos. Na última semana, foram registrados pelo menos três ataques na infraestrutura energética russa, com dois sendo bem-sucedidos e afetando as operações de uma planta da Novatek no Mar Báltico e, agora, uma refinaria da Rosneft em Tuapse. Apesar das ofensivas não terem impactado severamente a capacidade de processamento e exportação da Rússia até o momento, trata-se de um novo front na guerra após quase dois anos desde o início do conflito, com potencial para limitar a oferta global de curto prazo. É possível, assim, que novos ataques sejam registrados na próxima semana, o que poderia suportar os contratos do petróleo.

Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (26), a sessão abriu em queda, com o contrato do Brent para vencimento em março/24 operando em USD 81,52 bbl (-0,56%) até as 09h10. Mercado busca entender os diferentes fundamentos agindo sobre o petróleo no momento, mas, apesar da queda diária, o Brent ainda deve encerrar a semana em alta.

Gás Natural
  • Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,571/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 2,99% na sessão passado, alcançando USD 9,80917/MMBTU.
  • Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,58%, alcançando USD 2,556 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,56%, próximos a USD 9,754 MMBTU.
TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
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