Na última quarta-feira (07), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 79,21 bbl (+0,79%) e a referência norte-americana a USD 73,86 bbl (+0,75%).
O petróleo sustentou a alta pela terceira sessão consecutiva, encontrando apoio nos riscos geopolíticos no Oriente Médio, especialmente com a rejeição de um acordo de cessar-fogo em Gaza, além da sequência de ataques no Mar Vermelho. No entanto, parte dos ganhos do dia foram revertidos em meio ao crescimento das reservas de petróleo nos Estados Unidos, de acordo com o DOE. Hoje pela manhã, os futuros seguem em alta, ficando acima da marca de UDS 80 bbl novamente após a forte queda na semana passada.
Israel nega rumores de cessar-fogo Um dos fatores de suporte da sessão foi a rejeição de um acordo de cessar-fogo em Gaza por Israel. O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, negou a proposta do Hamas que envolveria o fim dos ataques em Gaza em troca do retorno dos reféns israelenses, mas o secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que ainda haveria espaço para negociação, com as conversas de um acordo também ocorrendo no Egito e no Qatar. Em geral, situação em Gaza acaba aumentando as tensões geopolíticas no Oriente Médio, com a ação de diversos grupos podendo escalar para um conflito mais generalizado, que por sua vez poderia afetar a oferta de petróleo na região. Ademais, a rejeição de um termo de paz pode estender também a situação no Mar Vermelho, conforme os Houthis defendem os ataques a navios comerciais em solidariedade a Palestina, afetando os fluxos globais de produtos, e afetando especialmente o mercado de combustíveis.
Índia aumenta consumo de petróleo De acordo com dados do governo indiano, a demanda por petróleo e combustíveis registrou alta em janeiro, apoiado pela maior atividade econômica do país. Assim, estima-se que o consumo de óleo combustível expandiu 8,2% no comparativo com jan/23, refletindo a atividade industrial mais aquecida, enquanto outros combustíveis como diesel e gasolina também registraram avanços no comparativo anual. O aumento em relação aos níveis de dez/23, por sua vez, foram marginais, mas a expectativa é de que 2024 seja marcado pelo crescimento da demanda por combustíveis. A IEA aponta que a Índia deva se tornar o principal driver do crescimento da demanda global por petróleo nos próximos anos, superando a China em meio ao crescimento econômico acelerado no país – tanto pela atividade de alguns setores mais intensivos em combustíveis, como a indústria, mas também pelo aumento de frotas de veículos leves e pesados.
DOE registra alta dos estoques Divergindo das estimativas do API, o Departamento de Energia dos Estados Unidos registrou a expansão de 5,5 milhões de barris das reservas comerciais de petróleo na última semana. O movimento interrompe a sequência de queda dos estoques que se verificou desde dezembro e afastando as reservas das mínimas sazonais. O resultado reflete o consumo doméstico no período, que ainda não se recuperou desde a onda polar que atravessou os EUA em janeiro, com a demanda ficando em 14,8 mbpd contra os 16,5 mbpd registrado no início do ano. Além disso, a produção se manteve em patamares elevados, operando em 13,3 mbpd – recuperando-se plenamente após a situação de janeiro. No caso dos combustíveis, observou-se uma queda dos estoques, com a gasolina e diesel recuando 3,1 e 3,2 milhões de barris, respectivamente. Em geral, a semana foi marcada pela recuperação da demanda de ambos os derivados, enquanto a produção seguia em movimento contrário, com a FUT do país em 82%.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (08), a sessão abriu em alta, com o contrato do Brent para vencimento em abril/24 operando em USD 80 bbl (+1%) até as 09h20. Trata-se da quarta sessão que o Brent opera em alta, e, apesar de não reverter as quedas da semana anterior, mostra uma recuperação dos contratos em meio os riscos geopolíticos no Oriente Médio.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1,967/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,79% na sessão passado, alcançando USD 9,42599/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 1,27%, alcançando USD 1,992 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,91%, próximos a USD 9,512 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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