Diário de Petróleo

Petróleo atinge maior valor em quatro meses, apoiado por projeções de déficit do balanço
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última quinta-feira (14), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 85,42 bbl (+1,65%) e a referência norte-americana a USD 81,29 bbl (+1,93%).

A sessão foi marcada por fatores altistas que apoiaram mais um dia de escalada das cotações do petróleo, com o Brent devendo acumular alta semanal de quase 3%, recuperando as perdas do período anterior. Entre os fundamentos, destaca-se o relatório de projeções da Agência Internacional de Energia, com este apontando um déficit do balanço global de petróleo em 2024 que não foi projetado anteriormente, o que levou o petróleo para os maiores valores desde novembro/23. Mercado também seguiu precificando os impactos dos ataques a refinarias russas no conflito com a Ucrânia, especialmente em relação as exportações de derivados.

Hoje pela manhã (15), a sessão abriu em queda, com o contrato do Brent para vencimento em maio/24 operando em USD 84,99 bbl (-0,52%) até as 09h00. O petróleo cede parte dos ganhos em meio a realização de lucros de investidores, especialmente com o contrato superando a marca de USD 85 bbl e crescendo quase 4,5% em apenas duas sessões. No entanto, a queda segue limitada pelos fundamentos altistas da sessão anterior, além de novos ataques ucranianos registrados nessa sexta-feira. 


Rússia espera aumento das exportações de petróleo O ministro de energia russo, Pavel Sorokin, afirmou na quinta-feira que as exportações de petróleo do país devem crescer frente a manutenção não planejada de refinarias. O ministro afirmou que a situação do parque de refino do país está estável, evitando atribuir danos mais sérios que resultaram dos ataques ucranianos nos últimos meses, além de reforçar que essa sequência de manutenções não deve afetar o fornecimento interno de combustíveis, apenas limitar a capacidade de exportação em meio ao menor processamento. A Rússia já havia se comprometido em limitar suas exportações junto a OPEP+ em prol de manter e apoiar os preços do petróleo e derivados, mas até o momento o país tem falhado em atingir sua meta voluntária em meio a necessidade de financiamento da guerra, conforme as receitas com comércio desses produtos chegam a quase USD 1,9 trilhão para a economia do país. Ademais, isso pode impactar o Brasil caso se tenha um registro efetivo de queda de diesel russo disponível no mercado internacional, dado que o país se tornou o principal fornecedor do combustível em 2023.   

Projeções da IEA apontam balanço deficitário Em última atualização de seu relatório de perspectivas, a IEA apontou um déficit do balanço global de petróleo para 2024, alterando suas projeções de fevereiro. Como apontado no diário ontem (14), a agência praticamente manteve as projeções de demanda estáveis, com um crescimento de 1,3 mbpd no ano e uma revisão positiva em 0,1 mbpd em relação ao relatório anterior, com o déficit do balanço no último reporte refletindo a extensão dos cortes produtivos da OPEP+ para o segundo trimestre. A atualização do balanço trouxe maior comoção para o mercado na sessão, mas a IEA seguiu defendendo fundamentos que já havia abordado em reportes anteriores, como o crescimento da oferta em 2024 ser liderado por Estados Unidos e outros players secundários, além da desaceleração do crescimento da demanda por petróleo refletir a situação na China e menor consumo de países da OCDE. 

Gás Natural
  • Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1,741/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 1,65% na sessão passado, alcançando USD 10,16498/MMBTU.
  • Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,52%, alcançando USD 1,75 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,74%, próximos a USD 10,090 MMBTU.
TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

Tags relacionadas: Energia

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