Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 0,11%, negociadas a USD 85,43 bbl na última sexta-feira (22), enquanto o WTI registrou um leve recuo semanal de 0,51%, negociado em USD 80,63 bbl.
Após iniciar a semana com fortes altas que levaram o Brent para as melhores marcas desde outubro/23, os futuros do petróleo reverteram parte dos ganhos em meio a realização de lucros dos agentes em apenas três sessões. Além disso, preocupações com a economia global - especialmente a China -, também contribuíram para limitar a recuperação dos contratos, mas a prevalência de fatores altistas, como as tensões geopolíticas no Leste Europeu, evitou maiores perdas na semana e permitiu que as referências do petróleo se encaminhem para uma alta acima de 10% no primeiro trimestre de 2024.
Hoje pela manhã (25), o petróleo opera em alta, com o contrato do Brent para vencimento em maio/24 negociado em USD 85,75 bbl (+0,37%) até as 09h20. O óleo bruto consegue registrar leve avanço em meio preocupações com a escalada das tensões no Leste Europeu, especialmente após o ataque terrorista na Rússia no final da semana passada, além de perspectivas mais positivas para commodities em relatórios de perspectivas de banco de investimento.
Tensões geopolíticas A escalada do conflito no Leste Europeu, com ataques à infraestrutura energética tanto da Ucrânia quanto da Rússia segue sendo foco do mercado no início da semana. Ao longo do final de semana, as ofensivas dos dois lados avançaram, com Moscou atingindo terminais de gás natural ucranianos e refinarias russas seguindo como alvos de drones de Kiev. Esses ataques podem ameaçar a capacidade de exportação de derivados russos e reforçam a ameaça do fornecimento de gás natural na Europa, com os riscos de uma escalada ainda maior do conflito também pesando para apoiar os preços. Na frente do Oriente Médio, os Estados Unidos reportam que os Houthis atingiram um navio chinês que atravessava a região do Mar Vermelho, o que reforça que a dificuldade de navegação pela região ainda persiste e pode gerar mais retaliações de mais agentes.
Período de manutenções em refinarias O início da temporada de manutenção de refinarias na Ásia que deve iniciar em abril pode intensificar a queda do processamento global no primeiro trimestre de 2024, de acordo com estimativas de agentes do mercado. O indicador de interrupção de atividade das refinarias globais medido pela S&P Global tem se mantido elevado desde o início do ano em comparação com períodos anteriores, refletindo a temporada de manutenções programadas na Europa, mas também nos Estados Unidos (intensificadas pelos efeitos da frente polar em janeiro) e Oriente Médio. A perspectiva é de que a retomada dessas regiões seja compensada pelo período de manutenções na Ásia e na Rússia (refletindo os ataques ucranianos nas últimas semanas). Apesar desse cenário no curto prazo, a expectativa segue de que o processamento global aumente em 2024, com a IEA estimando um crescimento de 1,2 mbpd para atingir uma média de 83,5 mbpd no ano.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1.659/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de 000% na sessão passado, alcançando USD 10.16617/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -3,25%, alcançando USD 1,605 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,56%, próximos a USD 10,223 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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