Na última quinta-feira (09), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram a sessão em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 83,88 bbl (+0,36%) e a referência norte-americana a USD 79,26 bbl (+0,34%).
O avanço das importações de petróleo pela China e a queda dos estoques americanos foram os principais fatores que influenciaram nas altas observadas ao longo da sessão de ontem. Em contrapartida, a continuidade das perspectivas menos otimistas ao redor da demanda global por combustíveis interrompeu uma expansão mais significativa das cotações da commodity.
Hoje pela manhã (10), o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 84,33 bbl (+0,52%) até as 09h00. O petróleo segue se recuperando após as fortes perdas observadas na semana passada, em meio a uma elevação dos prêmios de risco ao redor dos conflitos no Oriente Médio, a queda dos estoques de petróleo nos EUA e o avanço das importações chinesas da commodity.
China reduzirá compras de petróleo saudita De acordo com fontes da indústria chinesa, a China irá reduzir em cerca de 5,8 milhões de barris as compras de petróleo saudita em junho, em meio a alta dos preços oficiais de vendas da Saudi Aramco anunciados para o período, que diminuiu o interesse das refinarias privadas da China em ampliar as compras. Nesse sentido, o mercado deve observar nesse período uma busca por outros fornecedores – incluindo a Rússia – que consigam entregar um petróleo com maior atratividade financeira, com as refinarias chinesas buscando reduzir os impactos causados pelas quedas das margens de refino observada nas últimas semanas, que desincentivou um aumento mais significativo das exportações de alguns produtos petrolíferos, principalmente da gasolina e do diesel.
Rússia amplia venda de refinados para Ásia De acordo com rastreadoras marítimas, a Rússia vem ampliando de maneira significativa as vendas de derivados de petróleo para o hub de Cingapura, evidenciando a recuperação da capacidade de refino após os ataques de drones ucranianos ao longo dos primeiros meses de 2024. As exportações de nafta – produto que o continente asiático conta com um déficit estrutural – devem registrar recorde anual em maio, com as perspectivas apontando para a manutenção do crescimento das vendas externas em meio a contínua recuperação da capacidade de refino no país. No geral, o mercado entende que a Rússia deve seguir escoando mais produtos ao exterior, movimento garantido principalmente pela maior atratividade financeira de seus energéticos frente as outras referências, buscando também garantir o financiamento da guerra no Leste Europeu. É importante frisar, no entanto, que os ataques ucranianos às refinarias russas continuam, ainda que em menor escala, não causando até o momento grandes disrupções produtivas que consigam de fato interromper essa escalada das exportações russas.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,301/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,36% na sessão passado, alcançando USD 9,98172/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,87%, alcançando USD 2,321 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,68%, próximos a USD 10,050 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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