Na última quinta-feira (23), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram a sessão em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 81,36 bbl (-0,66%) e a referência norte-americana a USD 76,877 bbl (-0,9%).
O petróleo estende a tendência de queda dos últimos dias, com o sentimento baixista dos investidores influenciando as cotações. Em meio a ausência de novos fundamentos para o mercado, os preços seguiram afetados pelas perspectivas de uma inflação norte-americana resistentes, além de um menor otimismo com a demanda global em 2024. Dessa maneira, os futuros do Brent devem encerrar a semana em queda após atingir os menores valores desde fevereiro.
Hoje pela manhã (24), o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 81,16 bbl (-0,25%) até as 09h10. Em um dia de menor movimentação do mercado e ausência de fundamentos relevantes, os preços continuam influenciados pelo sentimento baixista dos investidores. No Brasil, por sua vez, a prévia das vendas de combustíveis em abril aponta um mercado interno bastante aquecido.
Prévia das vendas de combustíveis Brasil De acordo com a prévia das vendas de combustíveis em abril, divulgada pela ANP, a demanda por diesel B atingiu os maiores patamares para o mês na série, em 5,5 milhões de m³. Isso representa um aumento de 13,57% em relação a abr/23, estendendo a sequência de crescimento verificada nos últimos meses – com exceção de março. No acumulado anual (jan-abr), as vendas de diesel B se situam em 21,12 milhões de m³ - volume 5% maior do que no mesmo período no ano passado. O crescimento da demanda está associado ao aumento do transporte de carga nos últimos meses, podendo refletir, por sua vez, o aumento das exportações brasileiras, especialmente de carnes, açúcar e de produtos do setor extrativista.
Para a gasolina C, entretanto, observa-se um cenário menos positivo. De acordo com a ANP, as vendas do combustível em abril ficaram em 3,5 milhões de m³, uma queda de 2,51% no comparativo com o mesmo período no ano passado. Vale destacar que, apesar de estender o resultado registrado em meses anteriores, a queda da demanda em abril ocorreu em um ritmo menor do que nos períodos anteriores. No acumulado do ano, as vendas totalizam 14,1 milhões de m³ - volume 6,18% menor do que o período entre jan-abr no em 2023. Em geral, as vendas de gasolina seguem prejudicadas pela maior competitividade do etanol nos postos de combustíveis, com a paridade se mantendo abaixo de 70% nos principais polos consumidores no Centro-Sul.
Produção mexicana em queda A produção da Pemex, a estatal petrolífera mexicana, ficou abaixo de 1,5 mbpd em abril – o pior resultado em quase 40 anos -, refletindo o declínio da oferta natural dos campos de petróleo explorados no país. A tendência é que a produção siga em queda nos próximos anos conforme o México não encontra novos campos para compensar esse declínio. Nesse sentido, isso deve significar uma queda maior da oferta global nos próximos anos, conforme também diminui o excedente exportável do México.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,657/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,66% na sessão passado, alcançando USD 9,68184/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,08%, alcançando USD 2,655 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,49%, próximos a USD 9,634 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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